Mantido rodízio entre as quatro maiores bancadas para presidir Assembleia

Pelo acordo vigente, Parlamento vai ser comandado pelo MDB, PT, PP e PTB. Grupo formado por PSL, Dem, Podemos e Solidariedade sustenta que debate prossegue

Foto: Divulgação/AL

A Assembleia Legislativa vai manter o rodízio, na presidência da Casa, entre os quatro partidos com as maiores bancadas para a legislatura em 2019. Com isso, o comando do Parlamento segue com o o PT e MDB, que elegeram oito deputados cada; o PP, que garantiu seis cadeiras, e o PTB, que conquistou cinco. Na Assembleia, o acordo político prevendo o revezamento anual se tornou praxe, desde 2007.

Um bloco independente havia sido criado por partidos com representações minoritárias, a fim de reivindicar participações na administração do Legislativo e, inclusive, a entrada no rodízio para buscar a presidência da Assembleia. A frente é composta pelo PSL, com quatro deputados, o Dem, com dois, o Podemos e o Solidariedade, ambos com um representante. O grupo pode ainda ser reforçado com a adesão do PR e do PRB, que conquistaram duas cadeiras cada.

Hoje à tarde, uma reunião com a participação de dezenas de deputados discutiu o tema. Com apoio massivo dos futuros parlamentares, o ex-presidente da Assembleia no primeiro ano da legislatura atual, Edson Brum (MDB), confirmou que o rodízio fica mantido de 2019 a 2022.

“Nós estivemos reunidos com alguns partidos, que, somados, representam 40 parlamentares do novo mandato. Como diz a Constituição Estadual, cabe eleger a Mesa na Assembleia com respeito à representação pluripartidária e de proporcionalidade, ou seja, mantendo o que se faz aqui… As quatro maiores bancadas presidem e todos os partidos acima de dois parlamentaras contam com espaço na Mesa, nesses quatro anos”, frisa.

Consultado, o bloco independente vai avaliar a decisão majoritária internamente. A frente garante que o canal de diálogo segue aberto para discutir o tema.

Contemplado pelo rodízio vigente, o presidente da Assembleia, deputado Marlon Santos (PDT), considerou “inteligente” a articulação do grupo e disse não ver empecilhos em reivindicar o comando da Casa. “Se é um bloco e mais três partidos com bancadas grandes, com toda certeza, mantenha-se o acordo. Passa a ser uma coisa bonita, compartilhada e isso integra muito a Assembleia. Não dá briga não. Aqui dentro da Assembleia, acordo sempre é cumprido”, considera.

Nos bastidores, entre os cotados para revezar a presidência da Assembleia estão os deputados Gabriel Souza (MDB), Luiz Fernando Mainardi (PT), Ernani Polo (PP) e Luís Augusto Lara (PTB).

Em Porto Alegre, bloco independe ganhou força

Na Câmara de Porto Alegre, a costura de um bloco independente garantiu a entrada da frente no rodízio para presidência da Casa. Na ocasião, DEM, PSB e PRB, cada um com dois vereadores, PSD e Rede, com um cada, somaram oito representantes e excluíram o PT do revezamento.

O partido não avalizou acordo e recorreu à Justiça, sem êxito. A presidência da Câmara da Capital, então, acabou partilhada entre PTB, MDB, PP e DEM. Em 2019, Mônica Leal (PP) assume o comando da Casa. Ela vai ser sucedida pelo vereador Reginaldo Pujol (DEM), em 2020.