Pelo segundo mês consecutivo, a cesta básica de Porto Alegre aumentou. De setembro para outubro, o valor dos alimentos analisados subiu R$ 26,88, e a cesta básica fechou o mês em R$ 449,86. Com o aumento, a capital gaúcha voltou a ter a segunda cesta mais cara do País, atrás apenas de Florianópolis.
Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), dos treze produtos que compõem o conjunto de alimentos essenciais, oito ficaram mais caros: tomate (50,83%), batata (20,60%), banana (7,08%), feijão (5,71%), açúcar (1,33%), óleo de soja (1,26%), carne (1,09%) e o arroz (0,37%).
Em contrapartida, quatro produtos tiveram redução no período: leite (-2,17%), pão (-0,55%), farinha de trigo (-0,52%) e manteiga (-0,51%). O café não registrou variação no mês.
Cesta básica custa metade do salário mínimo
Em outubro, o valor da cesta básica representou 51,26% do salário mínimo líquido, contra 48,20% em setembro de 2018 e 51,84% em outubro de 2017.
O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em outubro, cumprir uma jornada de 103 horas e 45 minutos para adquirir a cesta. Essa jornada é superior a registrada em setembro (97 horas 33 minutos) e menor do que a verificada em outubro de 2017 (104 horas 55 minutos).
Cenário nacional
Das 18 cidades pesquisas, em 16 a cesta básica ficou mais cara. Porto Alegre teve o segundo maior aumento, de 6,35%, atrás de Fortaleza (7,15%). Apenas em Recife e Natal, os produtos básicos baixaram de preço.