“Sim” de Moro para ministério é ganho para o Brasil, sustenta Bolsonaro

Juiz da Lava Jato aceitou, nesta quinta-feira, convite para assumir o comando da Justiça, pasta que também vai absorver a Segurança Pública

Foto: Agência Brasil

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deu detalhes ao jornalista Eduardo Ribeiro, da RecordTV, da conversa que teve com o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), nesta quinta-feira.

“Então, no meu entender, quem ganha é o governo Jair Bolsonaro e o Brasil com essa agenda positiva de uma pessoa que, por si só, pelo seu trabalho, demonstrou ao povo brasileiro que é possível, sim, combater um dos principais males que temos na nossa nação, que é a corrupção”.

Bolsonaro garantiu também que a Lava Jato “não será esquecida, até porque temos bons juízes no Brasil todo, em especial em Curitiba, que acompanham esse caso. Ele não vai mais combater a corrupção no âmbito da Lava Jato, mas no âmbito de todo o Brasil”, completou.

O presidente eleito disse também que Moro vai ter “total liberdade” e “meios” para escolher a equipe, inclusive o nome para comandar a Polícia Federal. Segundo ele, Moro vai participar do governo de transição mas, antes, tira férias.

O superministério da Justiça deve englobar as áreas de Segurança Pública, Controladoria-Geral da União e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Bolsonaro disse que Moro vai centralizar os esforços no combate à corrupção e ao crime organizado. “Ele está com muita vontade de levar adiante a agenda”, disse Bolsonaro. “O povo brasileiro o admirará mais ainda.”

Em entrevistas anteriores, Bolsonaro disse que Moro também é um bom nome para compor o Supremo Tribunal Federal (STF). No mandato, o presidente eleito vai poder escolher dois ministros para a Corte.

A primeira escolha ocorre em novembro de 2020, quando o ministro Celso de Mello, decano do STF, se aposenta aos 75 anos. Em seguida, é a vez do ministro Marco Aurélio Mello, que também se aposenta por idade.