Prefeitura vai testar, por um ano, contêineres para lixo reciclável no Centro de Porto Alegre

Perímetro entre as ruas Caldas Júnior, Riachuelo, Dr. Flores e avenida Mauá ganha 45 equipamentos, até a próxima madrugada

Foto: Ricardo Giusti/PMPA

Cerca de 45 coletores começaram a ser colocados hoje em um perímetro do Centro Histórico para coleta automatizada de recicláveis, a Seletiva no Contêiner. O lançamento do serviço ocorreu nessa manhã, nas imediações do Largo Glênio Peres. A instalação deve ser finalizada na madrugada desta sexta. O projeto-piloto fica em vigor durante um ano.

Os equipamentos, de cor verde, diferem dos já existentes, de cor cinza, exclusivos para resíduos orgânicos e rejeito. Na área a ser atendida, os materiais seletivos poderão ser descartados a qualquer hora do dia, todos os dias da semana. O perímetro fica localizado entre as ruas Caldas Júnior, Riachuelo, Dr. Flores e avenida Mauá, no Centro Histórico (veja o mapa). Cinco unidades ficarão à disposição para reposição por possíveis danos ou até mesmo vandalismo.

Foto: SMSURB/PMPA

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) testa a modalidade por meio da empresa terceirizada RN Freitas, que já presta serviço ao departamento com a coleta automatizada. O impacto financeiro da operação é de R$ 16 mil, que equivale a 2,27% do contrato com a prestadora.

Os materiais feitos de plástico, vidro, papel seco e metal podem ser descartados no contêiner verde da Coleta Seletiva. Tudo o que pode ser reaproveitado deve ser colocado nesses coletores, como embalagens longa vida, arame, baldes, brinquedos, caixas em geral, canos e tubos metálicos e em PVC, cobre, copos descartáveis, garrafas pet, latas de alumínio, raio-x, isopor, plástico filme e bisnagas plásticas de alimentos, por exemplo.

O objetivo do projeto Seletiva no Contêiner é recolher e levar esses resíduos para a reciclagem nas Unidades de Triagem (UTs) e gerar renda aos trabalhadores. Também busca manter mais limpa a área ao redor dos coletores, assim como vias e calçadas, evitando que resíduos recicláveis fiquem dispostos nas ruas à espera da coleta.

Hoje, a Coleta Seletiva gera renda para cerca de 600 trabalhadores em 17 UTs. No entanto, todos os dias, cerca de 23% dos resíduos de toda a cidade, o que equivale em torno de 260 toneladas com potencial reciclável são descartadas incorretamente na coleta domiciliar e enviadas para o aterro sanitário, o que custa aproximadamente R$ 9,3 milhões ao ano. São depositados, equivocadamente, nos contêineres, todos os dias, mais de 52 toneladas de materiais que deviam ser destinados aos trabalhadores das UTs. Destas, somente na área onde serão colocados os contêineres da coleta seletiva automatizada, aproximadamente 2,2 toneladas são enviadas diariamente para o aterro de forma irregular.

Somente no período de um ano, de outubro de 2017 a outubro de 2018, já foram emitidos 211 autos de infração referentes à resíduos recicláveis descartados incorretamente nos contêineres da automatizada de orgânicos e rejeito. A penalidade é de 720 UFMs, o que equivale a um valor de R$ 2,89 mil por multa. Já a multa por colocar resíduo orgânico ou rejeito no contêiner de reciclável é de 180 UFMs, ou R$ 722,61.