Para PT, “máscara de Moro caiu” após ter aceito vaga de ministro

Deputado Paulo Pimenta afirmou, em redes sociais, que magistrado atuou como cabo eleitoral de Jair Bolsonaro durante as eleições

Sérgio Moro. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ao aceitar o convite para o Ministério da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, nessa manhã, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato no Paraná, deu fôlego para a narrativa petista de que atua com parcialidade na Vara de Curitiba. Em nota, o PT sustenta que Moro trabalha para prejudicar a legenda. “Sérgio Moro revelou definitivamente sua parcialidade como juiz e suas verdadeiras opções políticas. Sua máscara caiu”, defendeu a sigla, em comunicado.

Para corroborar a tese, o PT reforça que, em 2016, Moro gravou e vazou ilegalmente conversas privadas da ex-presidente Dilma Rousseff. O partido reitera que o juiz condenou o ex-presidente Lula, sem provas, além de ter descumprido ordem de soltura do ex-presidente (revogada, no dia seguinte, pelo TRF4, em Porto Alegre) e divulgado trechos da delação de Antonio Palocci às vésperas do primeiro turno.

“Essa nomeação, cujo convite fora feito antes do primeiro turno, como revela o vice- presidente General Mourão, hoje na Folha de São Paulo, é mais um sinal de que o futuro governo pretende instalar um estado policial no Brasil”, detalha.

Mais cedo, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS) afirmou, em redes sociais, que o juiz Moro atuou como cabo eleitoral de Bolsonaro durante as eleições. Hoje á tarde, em coletiva de imprensa, Pimenta disparou contra o magistrado. “Isto é um escândalo sem proporções. Se na Itália um juiz da operação Mãos Limpas tivesse aceitado ser ministro da Justiça do (presidente, Sílvio) Berlusconi, eles iriam todos para a cadeia”, comparou.