O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, viajou nesta quinta-feira ao Rio de Janeiro para conversar pessoalmente com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que deverá oficializar o convite para ele assumir o Ministério da Justiça. As primeiras conversas aconteceram antes do segundo turno. Paulo Guedes esteve com o juiz e, ao longo de toda uma tarde, ouviu o que seria necessário para que o convite fosse aceito.
Com as fusões confirmadas na reunião desta quarta-feira, a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) definiu que o novo governo terá de 15 a 17 ministérios. O governo Temer conta, hoje, com 29 pastas. Além do superministério da Economia – que englobará Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio –, e da fusão das pastas da Agricultura e do Meio Ambiente, a Casa Civil de Bolsonaro deverá incluir a Secretaria de Governo.
O repórter do Jornal da Record, da RecordTV, Marc Sousa viajou no mesmo avião que o magistrado e conseguiu conversar rapidamente com ele. Moro disse que “o país precisa de uma agenda anticorrupção e uma agenda anticrime organizado”. “Se houver a possibilidade de uma implantação dessa agenda, convergência de ideias, como isso vai ser feito… então, há uma possibilidade. Mas, como eu disse, é tudo muito prematuro”.
Moro disse ainda que “há uma possibilidade de implantar uma agenda importante para o país, observada a Constituição e os direitos fundamentais”.
O juiz federal também comentou sobre a possibilidade de a Operação Lava Jato ser impactada, caso ele saia do caso para assumir o Ministério da Justiça.
“Acho que é prematuro (prever um impacto negativo na Lava Jato). Foi surpreendente falar que não se deve nem conversar com um presidente que acabou de ser eleito por mais de 50 milhões de brasileiros. […] Acho que não tem problema nenhum (de fazer o encontro)”.