Cpers convoca paralisação para esta quinta no RS

Decisão veio após o governo do Estado anunciar começo dos pagamentos da folha de outubro apenas para o dia 12 de novembro

Foto: Alina Souza / CP Memória

O Cpers Sindicato emitiu nota, na tarde de hoje, convocando para paralisação das atividades dos professores nesta quinta-feira (1º). Conforme o texto, a categoria ficou sabendo pela imprensa sobre o depósito da primeira parcela dos vencimentos referentes a outubro apenas no próximo dia 12. A Secretaria da Fazenda confirmou o parcelamento dos salários pelo 35º mês, com pagamento inicial previsto para daqui a 12 dias, conforme a entrada dos recursos do ICMS.

“Mesmo com o aumento acumulado de 4% na arrecadação do ICMS de janeiro a agosto de 2018, crescimento 1,14% acima da inflação, o governo se mostra incapaz de honrar o mais básico dos seus compromissos”, critica a nota do Cpers. O sindicato sustenta, ainda, que “Sartori desconta seu fracasso nas urnas nos trabalhadores e trabalhadoras” e que “não conseguiu organizar as contas em quatro anos e insiste em sangrar e humilhar quem trabalha diariamente para entregar serviços públicos de qualidade”.

O que disse a Fessergs

Do mesmo modo, a Federação Sindical dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Fessergs) se pronunciou através de nota acerca de mais um anúncio de parcelamento. Conforme o texto, publicado no site da instituição, “Sartori não paga servidores e se apropria indevidamente dos consignados e mensalidades associativas e sindicais já descontados dos servidores.” Além disso, a entidade denuncia que “isso afeta a saúde, pois o IPE tampouco recebe os repasses descontados, e inúmeros servidores deixaram de ser atendidos sob alegação de inadimplência.”

Do mesmo modo que o Cpers, a entidade suspeita de revanchismo no novo parcelamento: “é uma retaliação aos servidores. Sabemos que o estado passa por uma situação financeira difícil, mas o maior problema é de gestão. Sartori está há quase 4 anos fazendo escolhas equivocadas e punindo somente os servidores. E o pior, agora que foi derrotado está fazendo terrorismo com os funcionários públicos”, afirmou a secretária-geral da Fessergs, Márcia Elisa Trindade.