Comissário de Polícia é preso em Canoas por conduta ilícita

Ação da Polícia Civil também afastou delegado e escrivão

A Corregedoria Geral da Polícia (Cogepol) prendeu, na tarde desta quarta-feira, um comissário de polícia e afastou um delegado e um escrivão das funções. O trio era lotado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Canoas. A ação integrou a Operação Flagrare, que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, dois de suspensão do exercício da função e um de prisão preventiva em Canoas e Porto Alegre.

Conforme o titular da Cogepol, delegado Marcos Meirelles, o trio é suspeito de envolvimento em condutas ilícitas durante horários de plantão, cobrando supostos valores das vítimas para evitar prisões em flagrante.

“Ao invés de autuar por portaria, eles forçavam o flagrante e enganavam a pessoa detida”, explica Meirelles. “Na realidade era uma cobrança, corrupção ativa dos policiais, uma vez que a pessoa sequer seria presa”, completa.

De acordo com Meirelles, a polícia vai apurar há quanto tempo o grupo vinha agindo dessa forma. O delegado reforça ainda que não há informações sobre participação de integrantes da Brigada Militar.

“Às vezes nem havia preenchimento de requisitos do flagrante. E como as pessoas não sabiam, achavam que seriam presas”, reforça. Meirelles pede que vítimas de extorsão por policiais denunciem através do disque denúncia: 0800 51 046 69 ou 98418 7814.