A imprensa internacional destacou hoje a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República.
Principal jornal norte-americano, o The New York Times afirmou que o Brasil é o mais recente país a se encaminhar para a extrema direita, elegendo um populista como presidente “na mais radical mudança política desde que a democracia foi restaurada há mais de 30 anos”. “O novo presidente, Jair Bolsonaro, exaltou a ditadura militar do país, defendeu a tortura e ameaçou destruir, prender ou mandar para o exílio os oponentes políticos”, cita o texto.
O jornal inglês The Guardian trouxe em sua manchete na versão online a vitória do candidato do PSL. “Um populista de extrema-direita, pró-armas, pró-tortura foi eleito como o próximo presidente do Brasil após uma eleição dramática e profundamente dividida que deve mudar radicalmente o futuro da quarta maior democracia do mundo”, menciona a reportagem. Segundo o veículo, Bolsonaro construiu a campanha com os lemas de combate à corrupção, ao crime e a uma suposta ameaça comunista.
O francês Le Monde também trouxe a eleição de Bolsonaro na manchete, ressaltando que o presidente eleito promete “mudar o destino do país”. O jornal ainda salienta que Fernando Haddad, o candidato do PT derrotado no segundo turno, pediu que “seus 45 milhões de eleitores sejam respeitados”.
O espanhol El País publicou na manchete que a vitória de Bolsonaro leva a extrema direita ao poder no Brasil. Segundo a reportagem, o ultradireitista Bolsonaro, “nostálgico da ditadura”, ganhou de forma contundente a eleição. “Ambos [Bolsonaro e Haddad] se enfrentaram em uma campanha marcada pela tensão, pelo triunfo da desinformação nas redes sociais, e, sobretudo, pelas atitudes antidemocráticas de Bolsonaro”, cita o jornal espanhol.
O argentino El Clarín afirmou que a campanha de Bolsonaro se baseou nas denúncias contra a corrupção de governos petistas e contra a insegurança pública. Citando o discurso de Bolsonaro após a confirmação de vitória, o jornal destacou que o presidente eleito se comprometeu a “seguir a Constituição, a democracia e a liberdade”, citou a Bíblia e disse que vai fazer reformas para transformar o país em uma nação “grande, livre e próspera”.