O candidato derrotado à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, chegou às 12h11min deste domingo, acompanhado da esposa, Giselle Bezerra, ao local de votação, na Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, na Praia de Iracema, em Fortaleza. Sobre a ausência de um apoio efetivo à candidatura de Fernando Haddad (PT), Ciro afirmou que não se manteve neutro, mas que não devia apoio. “Eu não quero fazer campanha para o PT nunca mais”, disse. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo o pedetista, o posicionamento já havia sido tomado desde o começo. Questionado sobre a ausência dele no segundo turno, Ciro rebateu: “A quem que eu estou devendo essa presença? Estou devendo ao PT?”. Ciro afirmou que não quer influir na votação, justificando que os dois projetos apresentados no segundo turno são antagônicos e não conseguem desarmar “essa bomba de ódio, de confrontação miúda”.
O pedetista reforçou que vai fazer oposição a qualquer um que venha a ser eleito. “A minha posição é a mesma de antes. Se eu quisesse aderir a uma ou outra força, eu o teria feito antes. Acredito que o Brasil precisa desesperadamente desarmar essa bomba. Espero muito que esteja errado e que aquele amanhã vitorioso possa desarmar essa bomba por si e possa restaurar a paz política no Brasil, para que a gente possa resolver a equação social e política. Entretanto, eu não acredito.”
Antes de deixar o local de votação, já dentro do carro, Ciro destacou a necessidade de acabar com a violência política, citando o assassinato de um jovem petista no sábado por eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) em Pacajus, na região Metropolitana de Fortaleza.
Ciro manteve-se distante dos holofotes durante todo o segundo turno e evitou dar declarações ao chegar a Fortaleza, na última sexta-feira. No sábado, optou por gravar um vídeo em que evitou demonstrar apoio explícito à candidatura petista, como era esperado.
Ciro ficou em terceiro lugar no primeiro turno, obtendo mais de 13 milhões de votos (12,47%).