A vitória chegou a estar perto do Inter, mas um pênalti no último minuto deixou os colorados mais longe do sonhado tetracampeonato brasileiro. Em um jogo ruim, o time de Odair Hellmann conseguiu marcar já no fim, só que um pênalti duvidoso acabou selando a sorte e o confronto com o Vasco terminou em 1 a 1, nesta sexta-feira, pela 31ª rodada, em São Januário.
Com o empate, o Inter segue na terceira colocação, agora com 58 pontos, enquanto o Vasco vai a 35, ainda na briga para fugir do descenso. O Inter volta a campo em 4 de novembro, quando recebe o Atlético-PR, no Beira-Rio. O Vasco, um dia antes, tem clássico contra o Fluminense, no Maracanã.
Primeiro tempo fraco
Sem Leandro Damião, Odair Hellmann montou o Inter com Rossi e centralizando Nico López. A alteração não fez o time repetir as últimas atuações e, burocrático, os colorados viram o Vasco crescer conforme o primeiro tempo foi andando.
A pressão inicial dos donos da casa, que lutam contra o rebaixamento, foi controlável. Os colorados abusavam das trocas de passes, aguardando uma oportunidade para encaixar o contragolpe – que raras vezes apareceu. O Vasco, por sua vez, aproveitou as faltas para lançar na área. Aos 11, Leandro Castán reclamou pênalti de Cuesta num desses lances. O árbitro mandou seguir.
Meio sem querer, Willian Maranhão arrancou o primeiro “uh” em São Januário aos 26. Após escanteio, a bola sobrou para ele, que chutou sem muita força, só que bem no canto. A bola, lenta, exigiu algum esforço de Marcelo Lomba, que espalmou. Dez minutos depois, já com os vascaínos crescendo, o goleiro fez nova boa defesa, em cobrança de falta de Fabrício.
Com o adversário passando a tomar conta que o Inter tratou de tentar reagir. Ainda assim, o melhor lance foi um bom lançamento para Rossi, que não chegou a concluir porque Castán chegou antes de o atacante sair na cara do goleiro Martín Silva. No último minuto, o goleiro lançou Fabrício que foi derrubado quase na área. Pikachu buscou o ângulo na conclusão e só não saiu comemorando porque a bola passou a poucos centímetros sobre o travessão.
Gol e polêmica no fim
Se careceu de lances de grande emoção na etapa inicial, as equipes mal haviam voltado do intervalo e o Vasco proporcionou o melhor lance até então da partida. Em lançamento de Andrey, Yago Pikachu pegou de primeira e mandou forte. Seria um golaço se Marcelo Lomba não estivesse com o reflexo apurado para protagonizar uma grande defesa.
Depois do susto, o Inter procurou se reorganizar, mas levou quase dez minutos para demonstrar alguma reação. E só aos 11 deu seu primeiro chute a gol no jogo, quando Edenilson pegou de primeiro o cruzamento da esquerda e a bola rebateu em Martín Silva. Mas foi o Vasco quem seguiu pressionando mais. Galhardo, que recém havia entrado no lugar de Fabrício, recebeu na entrada da grande área aos 17 e carimbou a trave de Lomba.
Percebendo o crescimento do rival, Odair alterou o Inter no minuto seguinte, com a entrada de Jonatan Álvez na vaga de Rossi. O Inter levou perigo quase que de imediato. Depois de certa pressão, Edenilson chutou em cima da marcação e a bola sobrou para Álvez. O centroavante chutou firme, só que a zaga colocou o pé e bloqueou.
Mais tarde, Odair mandou também Wellington Silva a campo, no lugar de D’Alessandro. E aí brilhou a estrela do treinador. Com o jogo mais aberto, o Inter enfim passou também a ter presença ofensiva. E dos pés dos dois jogadores que saíram do banco, saiu o gol. Aos 39, Wellington entrou na área pela esquerda e bateu cruzado. Martín Silva deu rebote e a bola foi de encontro a Álvez, que bateu de primeiro e mandou para o fundo das redes.
Entretanto,a partida ainda não estava definida. Aos 44, Kelvin caiu em dividida com Cuesta dentro da área. O árbitro marcou pênalti. Depois de muita reclamação, Maxi López bateu no canto oposto de Lomba e colocou água no chope do Inter.