RS é o segundo do País em denúncias de “assédio eleitoral” no ambiente de trabalho

SC lidera a relação, com 101 das 216 recebidas até o momento

Foto: Guilherme Testa/CP

O Ministério Público do Trabalho (MPT) acolheu, até o momento, 216 denúncias de casos de funcionários que dizem ter sido coagidos pelos patrões a votar em determinados candidatos no pleito deste ano. Santa Catarina é o estado que concentra o maior número de casos, seguido do Rio Grande do Sul.

Acusadas, 25 empresas catarinenses responderam ou ainda responderão à Justiça, se for comprovada a prática. Sozinhas, elas somaram 101 denúncias desse tipo de assédio.

O Rio Grande do Sul aparece com 32 ocorrências atribuídas a 20 empresas, e, em terceiro, o Paraná, registra 25 queixas contra um grupo de oito companhias.

Um dos empresários do Paraná que entraram na lista é Pedro Joanir Zonta, presidente do Grupo Condor, detentor da rede de supermercados de mesmo nome. Segundo o MPT, Zonta endereçou aos empregados do grupo carta pedindo voto para o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro.

Em São Paulo, foram feitas 16 denúncias. O Distrito Federal e o estado do Tocantins somaram mais 11 casos.

As denúncias sobre esse tipo de pressão no ambiente de trabalho podem ser feitas em um formulário online disponibilizado pelo MPT à população, ou, pessoalmente, em uma das 24 unidades do órgão.