Galinha de 105 cm é leiloada por quase R$ 74 mil interior paulista

Uma franga chamada Betina da Diamante foi arrematada por R$ 74 mil durante o 3º Leilão Diamante Índio Gigante, realizado recentemente, na cidade de Jaguariúna (SP). Com 105 centímetros de comprimento, ela reúne todas as caraterísticas desejáveis ao Índio Gigante, oriundo do cruzamento entre galináceos altivos e a galinha caipira. “Com este resultado, Betina é certamente a franga mais valorizada da raça atualmente”, garante um dos promotores, o criador Haroldo Poliselli.

Ele e o irmão Diogo Poliselli são os mesmos que chocaram milhares de pessoas ao revelar os maiores exemplares do mundo. Betina, aliás, é filha do recordista absoluto Voodoo da Diamante, de 126 cm, o maior galo que já existiu. “Já recusamos propostas de até R$ 200 mil por ele. O resultado do leilão confirma que nossa decisão foi certeira”, diz Diogo.

O tamanho avantajado e a conformação racial é o que mais chamou a atenção Ademir Melauro, dono do criatório Francano, sediado em Franca (SP). “Certamente me taxarão de louco ao saber que comprei uma galinha por quase R$ 74 mil, mas quem é do mercado sabe o quanto ela é preciosa. É difícil conseguir aves grandes e o acesso a essa genética exige alto investimento”, relata o criador.

Ademir já tem um pretendente para Betina, o Galo Mezenga, um de seus maiores exemplares, com 118 cm. “Desse cruzamento sairão aves ainda mais imponentes, o que se busca no mercado do Índio Gigante atualmente, apontado como o mais rentável do agro por m², rendendo mais que o boi e até mesmo a soja”, compara o criador, reforçando a credibilidade da Diamante Índio Gigante.

Recorde em faturamento

O objetivo de Haroldo e Diogo nunca foi superar recordes, mas isto vem ocorrendo com frequência na Diamante Índio Gigante. Depois de revelar os galos Pajé, de 118 cm (2015), Canário, de 124 cm (2016), e Voodoo da Diamante, de 126 cm, além das frangas Viola, de 106 cm, e a Mamba, de 109 cm (as maiores já vistas) , o criatório pode ter alcançado também o maior faturamento em leilões ao movimentar quase R$ 400 mil. “Fato é que, além da franga mais valorizada, atingimos a maior média do mercado (R$ 15.000,00/ave)”, garante Haroldo.

Cerca de 200 convidados presenciaram o leilão, entre empresários do agro e de outras atividades, além da audiência na transmissão on-line e a movimentação das redes sociais e aplicativos de mensagens. Participaram investidores de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Norte.

Galos Índio Gigante cotizados em R$ 86,8 mil

Betina da Diamante foi o destaque absoluto do leilão, mas não o único. Duas cotas de 50% foram vendidas por R$ 43.400,00/cada, valorizando os raçadores de 119 cm em R$ 86.800,00 (cada um). O primeiro a entrar em pista foi Beiçola da Diamante, arrematado pelos criadores Beto Guimarães e André Veneroso, sócios no criatório GV Índio Gigante, em Pirassununga (SP).

Eles entendem que a raça se destaca e ganha notoriedade mundial devido ao padrão racial, a rusticidade, o tamanho e também a qualidade diferenciada de sua carne. “Tendo isso em vista, firmamos essa parceria com a Diamante Índio Gigante, que consideramos ser um dos melhores criatórios, adquirindo 50% do frango Beiçola, que tem no sangue o melhor da genética da Diamante por ser filho do Voodoo, o maior galo já registrado no mundo”, afirma Beto.

“Investindo nesse frango podemos complementar a qualidade do nosso plantel em melhoramento genético, qualidade das progênies e, consequentemente, padrão racial, levando sempre o melhor ao mercado de Índio Gigante no Brasil”, ressalta André. O programa de seleção da GV Índio Gigante é conduzido pelo zootecnista Matheus Guimarães, filho de Beto.

Em Sinop (MT), Agneu Bonicontro também está confiante com a cota de 50% de Orfeu da Diamante que adquiriu no leilão. Ele seleciona a raça há quatro anos, dedicando os três primeiros ao aprendizado e a composição genética de seu plantel, que acaba de ganhar um grande aliado. “Orfeu marca uma nova era no criatório. É através dele que começarei a vender animais de padrão elevado, a nível nacional”, prevê o criador, destacando a preferência pelo acervo genético da Diamante Índio Gigante.