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O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que não irá em nenhum debate nesta última semana da campanha. Segundo Bolsonaro, “entre minha saúde e o debate, eu fico com a minha saúde. Não vou debater com alguém que não fala com a própria consciência. Haddad não é um poste, é um pau mandado de Lula. Não sei como alguém aceitaria isso, ser mandado por um presidiário”.
Em entrevista exclusiva para o programa Bom Dia, da Rádio Guaíba, na manhã desta terça-feira, o presidenciável relatou que em uma situação de estresse sua bolsa de colostomia poderia romper e os médicos o liberaram para algumas atividades, mas com restrições. “Eu não passei por uma furadinha, foi algo grave”, comenta. O candidato sofreu um atentado durante a campanha, na cidade mineira de Juiz de Fora, em 6 de setembro.
Sobre a fala de seu filho, Eduardo Bolsonaro, de que ”basta um soldado e um cabo para fechar o STF”, o candidato disse que repreendeu o filho. Bolsonaro relatou que Eduardo divagou, mas que o plano de fechar o Supremo Tribunal Federal é do PT, que pretende promover o controle da justiça. “Nós não somos uma ameaça à democracia, somos a garantia dela”, expõe o candidato.
Bolsonaro ressaltou que sempre fez oposição às ideias defendidas pelo PT, antes mesmo do partido surgir. “O PT surgiu de gente que militava da clandestinidade, com perfeita sintonia com o regime e o governo cubanos, recebendo dinheiro para financiar lutas armadas. Quando eles surgiram, eu já fazia oposição. Eu me oponho a esse tipo de gente, que nunca teve compromisso com a democracia e a liberdade”, relata. O presidenciável destacou que está vendo muitos eleitores do PT mudarem de ideia e o apoiarem.
Sobre o apoio a José Ivo Sartori (MDB) ou Eduardo Leite (PSDB), que estão disputando o segundo turno para o governo do Rio Grande do Sul, Bolsonaro informou que ficará neutro, exceto nos estados em que o partido tem candidato.