Centenas de pessoas se reuniram nesta segunda-feira para homenagear Eduarda Herrera de Mello, de 9 anos, encontrada morta na manhã desta segunda-feira, e protestar por mais segurança em Porto Alegre. Um grupo, formado por adultos e crianças com faixas e cartazes, bloqueou o cruzamento das avenidas Protásio Alves e Eli Correa Prado, na zona Norte, com pedaços de madeira e pneus queimados. Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e EPTC foram acionados.
A mobilização teve início às 18h, quando os primeiros participantes começaram a chegar ao local. Moradores relataram casos de crianças que têm sido abordadas com frequência na região por pessoas suspeitas. Os manifestantes prometem voltar a protestar nesta terça-feira, a partir do meio-dia, se não tiverem uma resposta do Poder Público.
Morador da Vila Mario Quintana há 15 anos, o motorista Ronaldo Régis Nascimento Duarte afirmou que a mobilização da comunidade é por mais segurança nos colégios da região. “Está acontecendo uma série de sequestros, isso não é de hoje”, observou. “Esse caso da Eduarda não foi um caso isolado. A gente sabe de vários casos. Estamos indo trabalhar preocupados, deixando nossos filhos na escola preocupados, sem saber se eles vão voltar. Tá complicado demais”, afirmou.
Moradora da região, Maricleia da Silva Cardoso também reclamou da falta de segurança. “Levo e busco meu filho”, garantiu. “Não temos proteção nenhuma na saída das escolas. A gente quer mais proteção para as crianças, até para elas poderem brincar na rua. Estamos oprimidos dentro de casa”, desabafou.