O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, enviou nesta segunda-feira uma carta ao ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), para se retratar sobre as recentes críticas à Corte feitas por membros da equipe dele.
No documento, o presidenciável sustenta que as manifestações ocorridas nos últimos tempos foram “emocionais” e “fruto da angústia e das ameaças sofridas neste nesse processo eleitoral”.
“O Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição e todos temos de prestigiar a Corte”, escreveu Bolsonaro para finalizar a carta.
Em um vídeo que circula na internet, o filho de Bolsonaro sugere fechar a Suprema Corte, caso a candidatura do pai seja barrada pela Justiça.
Ao rebater a afirmação, Celso de Mello, que é o magistrado mais velho do STF, classificou a fala como “inconsequente e golpista”.
“A declaração mostra bem o tipo de parlamentar cuja atuação no Congresso Nacional, mantida essa inaceitável visão autoritária, só comprometerá a integridade da ordem democrática e o respeito indeclinável que se deve ter pela supremacia da Constituição da República”, disse o ministro em declaração escrita enviada ao jornal Folha de S.Paulo.
PGR não vai se manifestar
Já a Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio da assessoria de imprensa, disse que não vai comentar publicamente as falas de Eduardo Bolsonaro. No domingo, a PGR já havia dito que não pretendia se manifestar. Nesta segunda-feira, entretanto, o órgão passou a ser pressionado. O ministro Alexandre de Moraes (STF) chegou a pedir que a PGR abra uma investigação contra Eduardo.