Em várias cidades do país, manifestantes se reúnem neste sábado contra o fascismo e a favor da democracia, pelos direitos humanos e em defesa da liberdade de expressão. O ato é organizado por movimentos de mulheres de distintos segmentos, entre eles Mulheres Unidas contra Bolsonaro. Já para o domingo estão programadas manifestações em todo país contra o comunismo e o retorno do PT à presidência.
Porto Alegre
Na capital gaúcha, milhares de pessoas se reúnem no Parque Farroupilha (Redenção). A concentração começou por volta das 15h. O evento conta com carro de som, apresentação de artistas locais, faixas de grupos de estudantes, de apoio ao movimento LGBT e de outras organizações sociais e algumas bandeiras de partidos de esquerda.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) acompanha a movimentação através das câmeras de monitoramento instaladas no parque. Segundo o órgão, o protesto se concentra nos limites da Redenção, sem interferir no trânsito dos arredores.
São Paulo
Em São Paulo, a manifestação lotou o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A multidão chegou a extrapolar a área da praça e ocupou totalmente os dois sentidos da Avenida Paulista, na região central da capital. Ao som de tambores, centenas de pessoas gritavam “Ele não!”, “Ele Nunca!” e “Ele Jamais”, em referência ao candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro.
A articulação do ato na capital paulista é dos mesmos coletivos de mulheres que organizaram o protesto do último dia 29 no Largo da Batata, zona oeste paulistana, contra o candidato.
Faixas de diversas cores e tamanhos se posicionavam contra as declarações do presidenciável consideradas ofensivas às mulheres, aos homossexuais e negros. Também podiam ser vistas bandeiras de centrais sindicais e partidos políticos em meio à multidão.
O protesto, que seguiu em direção à Praça da Sé, contou com público diverso: pais com filhos no colo, adolescentes, casais de idosos e artistas.
Rio de Janeiro
No Rio, os manifestantes se reuniram na Cinelândia. Com bandeiras de vários partidos de esquerda, jovens, idosos e crianças gritavam: ele não!
Durante toda a manifestação os participantes entoavam cantos como A nossa luta, é todo dia, somos mulheres na democracia; ou ainda Pisa ligeiro, quem não pode com as mulheres não atiça o formigueiro.
Na Candelária, os manifestantes homenagearam com uma dança o mestre Moa do Katendê, assassinado a facadas na noite do primeiro turno da eleição após declarar voto ao PT, em Salvador (BA).
Da Candelária, os manifestantes seguiram em passeata até a Lapa.