Bolsonaro e filhos reagem às denúncias de fake news com doação ilegal

No fim da manhã, Flávio Bolsonaro movimentou as redes sociais ao informar que a conta dele no WhatsApp havia sido bloqueada

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, deixou hoje para os filhos Flávio, senador eleito pelo Rio de Janeiro, e Carlos, deputado federal eleito por São Paulo, as reações às denúncias de disseminação de fake news anti-PT nas redes sociais e aplicativo. Somente no começo da tarde de hoje o candidato respondeu às suspeitas com acusações.

“Apoio às ditaduras venezuelana e cubana; ex-presidente, tesoureiros, ministros, parlamentares, marqueteiros, presos e investigados por corrupção… quem precisa de fake news quando se tem esses fatos?”, questionou.‬

O candidato passou mais um dia em casa com correligionários. A novidade é que o condomínio onde Bolsonaro mora, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, amanheceu hoje com grades cercando a portaria principal. Não houve explicações. Suspeita-se que a medida tenha sido tomada em decorrência da presença constante de jornalistas e simpatizantes no local.

O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), cujo nome aparece como futuro ministro da Casa Civil, visitou Bolsonaro. Ao chegar, ele não concedeu entrevista. Apoiadores e cabos eleitorais do candidato ao governo do Rio Wilsoin Witzel (PSC) também estão em frente ao condomínio.

Conta bloqueada
No fim da manhã, Flávio Bolsonaro movimentou as redes sociais ao informar que a conta dele no WhatsApp havia sido bloqueada. Ele postou mensagens de alerta e queixas, afirmando que havia sido banido de “milhares de grupos” sem explicações.

No começo da tarde, o senador eleito informou que o aplicativo havia sido desbloqueado. Ele não detalhou o que ocorreu. “Agora já foi desbloqueado, mas ainda sem explicação clara sobre o por quê da censura.”

Advogados de Bolsonaro prometem notificar empresas e processar o adversário petista Fernando Haddad. Em contrapartida, o PT ingressou nesta quinta-feira com pedidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a candidatura de Jair Bolsonaro seja investigada em razão das suspeitas de uso de sistemas de envio de mensagens em massa na plataforma WhatsApp custeados por empresas de apoiadores do candidato.