PDT gaúcho decide pela neutralidade e vai fazer oposição ao futuro governador

Deputada Juliana Brizola declarou que as duas candidaturas defendem o mesmo projeto

Foto: Divulgação/PDT-RS

Com maioria absoluta e apenas um voto divergente, o Diretório Estadual do PDT decidiu manter-se neutro e não apoiar nem Eduardo Leite (PSDB), nem José Ivo Sartori (MDB) no segundo turno das eleições para o governo do Rio Grande do Sul. Em reunião na noite desta segunda-feira, o partido liberou os filiados para votarem em quem acharem melhor e sinalizou que vai fazer oposição a quem quer que seja eleito no dia 28. O partido esteve no Palácio Piratini nas últimas três administrações, ao lado dos governos Yeda Crusius (PSDB), Tarso Genro (PT) e José Ivo Sartori (MDB).

“O PDT vai ser oposição responsável, madura, séria, consistente, firme. Não do tipo ‘quanto pior melhor’, e nem do tipo ‘si hay gobierno soy contra’, mas com muita responsabilidade. Na posição do voto para o segundo turno é pela neutralidade. Nós achamos que não é o nosso projeto. Nem do Sartori, nem do Leite”, disse o presidente estadual do PDT, Pompeo de Mattos.

A deputada Juliana Brizola declarou que as duas candidaturas defendem o mesmo projeto. “Eles apenas estão se acotovelando para ver qual dos dois vai implementar”, disse. Pompeo acrescentou que o PDT tinha projetos próprios com os candidatos derrotados no primeiro turno à presidência e ao governo estadual, Ciro Gomes e Jairo Jorge, respectivamente.

Na última semana, a juventude do partido trabalhista já havia defendido a neutralidade da sigla. Em nível nacional, o PDT anunciou apoio crítico à candidatura de Fernando Haddad (PT), mas deixou claro que não quer integrar a gestão, caso o petista seja eleito.