Mesmo com apoio do PDT a Haddad, Kátia Abreu revela que vai anular ou votar em branco

Senadora disse não haver chances de Haddad bater Bolsonaro, em função da maior rejeição do eleitorado ao PT do que ao capitão da reserva

Ciro Gomes e Kátia Abreu. Foto: Divulgação/Facebook

Mesmo depois de o PDT ter confirmado apoio crítico à candidatura de Fernando Haddad (PT), a candidata a vice na chapa de Ciro Gomes, senadora Kátia Abreu (PDT), revelou, nesta segunda-feira, que vai anular ou votar em branco no segundo turno das eleições a presidente.

Em entrevista à Rádio Guaíba, a senadora voltou a sustentar a tese de que Haddad deve renunciar. Para ela, apenas Ciro Gomes consegue bater Jair Bolsonaro (PSL) em segundo turno. Em função desse cenário, quando questionada se pretendia votar em algum dos candidatos, Katia Abreu deixou claro: “É branco ou nulo, um dos dois. Não há a menor chance de sair um 13 ou 17. É zero chance. Esta opção, para mim, é de fato aceitar o resultado dos urnas”, declarou.

Sobre a postura adotada pelo PDT, Kátia Abreu reafirmou que prefere manter-se “neutra” em vez de dar sustentação política a um dos postulantes. “Se Bolsonaro não tem projeto, o PT também não tem. Então, eu prefiro ficar neutra, como as urnas me deixaram, e não me envergonho disso em hipótese alguma”, frisou.

Kátia Abreu disse não haver chances de Haddad bater Bolsonaro, em função da maior rejeição do eleitorado ao PT do que ao capitão da reserva, “Ninguém vai mudar esta antipatia e esta aversão que a população, em sua grande maioria, tem contra o PT. Por que Lula tinha um percentual mais elevado? Porque para as pessoas, Lula é uma coisa e o PT é outra”, avaliou.

Além disso, Kátia Abreu também considera que, com a formação da nova composição da Câmara Federal, Haddad, se eleito, vai encontrar uma oposição mais ferrenha, inclusive, do que a enfrentada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “O Haddad pode ser uma boa figura, mas também não terá condições de governabilidade. Se a Dilma ainda tinha ‘mal e mal’ um apoio, o PT, ganhando, vai ser muito pior porque a direita e a extrema-direita têm maioria, pois foram eleitos”, concluiu.