Uma audiência de conciliação chegou a um acordo sobre a necessidade de adequações no acolhimento inicial de pacientes que recorrem à emergência do Hospital de Clínicas, em Porto Alegre. A instituição se comprometeu a implementar, em até seis meses, uma equipe multiprofissional para fazer a triagem dos usuários, hoje recebidos pelos profissionais de segurança, vigilância e portaria quando ocorre restrição de acesso, devido à superlotação.
O acordo decorre de um pedido dos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) em uma Ação Civil Pública. O Clínicas pediu prazo de 30 dias para a apresentação de um cronograma de implementação de um plano de acolhimento e classificação de risco dos pacientes na emergência. Dependendo do caso, os usuários podem ser redirecionados a outros serviços de saúde, porém pela equipe multiprofissional.
De acordo com as diligências realizadas, nos períodos de restrição, a triagem na porta da emergência do hospital vinha sendo realizada pelos profissionais de vigilância, sem formação na área da saúde. Nesses casos, os usuários eram questionados sobre os motivos para a procura por atendimento e redirecionados, sem uma triagem detalhada, a outras unidades de saúde.