A direção da Fundação Hospital Centenário afastou a equipe de profissionais que fazia plantão na UTI Neonatal quando um bebê faleceu, na madrugada de domingo, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. A família sustenta que houve negligência, pelo cometimento de um erro. A suspeita é de que uma das funcionárias tenha injetado leite na veia do menino, confundindo a sonda de alimentação com o acesso de sangue.
Uma médica, uma enfermeira e três técnicas de enfermagem faziam parte da equipe no turno em que teve início a alteração do quadro clínico, conforme a assessoria de comunicação do Hospital. O bebê, que nasceu prematuro em 7 de outubro, era gêmeo de uma menina. Ainda conforme a instituição, a medida do afastamento visa assegurar a efetiva apuração dos fatos, até o resultado da sindicância investigatória instituída pelo Hospital.
A 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo instaurou o inquérito e espera a perícia. Os profissionais afastados e os familiares do menino vão ser ouvidos durante a semana.
O bebê teve o corpo sepultado na manhã desta segunda-feira, no Cemitério São Borja, em São Leopoldo.
Confira a nota da íntegra:
A Direção da Fundação Hospital Centenário reitera seu profundo pesar e solidariedade à família do recém-nascido Miguel Oliveira de Lima, falecido na manhã de domingo (14). Diante da tragédia que reveste esta morte prematura, e para que não restem dúvidas quanto às práticas adotadas neste episódio, a Direção do Hospital informa que afastou a equipe de profissionais que estavam de plantão na UTI Neonatal, responsáveis pelo atendimento do paciente no turno em que teve início a alteração do quadro clínico. A medida do afastamento visa assegurar a efetiva apuração dos fatos, até o resultado da sindicância investigatória instituída pelo Hospital. Ao ser informada do ocorrido, a Direção da Instituição, imediatamente, ordenou o registro de ocorrência policial, para o esclarecimento de todos os fatos. No âmbito administrativo, instaurou sindicância.