Condenado, até o momento, a 183 anos de prisão, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), vai ficar 10 dias sem receber visitas e sem poder assistir TV na cela em que cumpre pena. A punição decorre de uma vistoria realizada hoje, na qual ele e outro detento foram flagrados com uma quantidade de dinheiro acima do permitido.
Atualmente, Cabral cumpre pena no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Rio. A unidade integra o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
O valor encontrado com Cabral não é revelado. O montante máximo que os detentos podem guardar na cela é equivalente a 10% do salário mínimo, ou seja, R$ 95,40. Esse dinheiro pode ser usado na cantina do presídio.
Entre janeiro e abril, Cabral chegou a passar três meses em uma unidade prisional de Curitiba. O deslocamento para a capital do Paraná ocorreu por um pedido do Ministério Público Federal (MPF), atendido pelo juiz federal Sérgio Moro. O motivo era o tratamento diferenciado e as regalias que o ex-governador obteve na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na região central do Rio de Janeiro.
Cabral está preso desde novembro de 2016. Investigações que se desdobraram da Operação Lava-Jato o apontaram como líder de diversos esquemas de corrupção no período em que governou o Rio de Janeiro.
Ao todo, o MPF moveu 26 ações penais contra ele e oito delas já resultaram em condenações de primeira instância. Uma dessas sentenças também já se confirmou em segunda instância.