PSol gaúcho decide não apoiar Sartori nem Leite

Em âmbito nacional, legenda confirmou que vai dar suporte à candidatura de Fernando Haddad (PT)

Foto: Leonardo Contursi/CMPA

A Executiva Estadual do PSol confirmou, na tarde de hoje, que não vai dar apoio a nenhuma das candidaturas que foram para o segundo turno no Rio Grande do Sul: José Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite (PSDB).

Sexto colocado no pleito de domingo, o candidato Roberto Robaina (PSol) somou 37.993 votos, totalizando 0,64% da preferência do eleitorado gaúcho. Em âmbito nacional, o PSol confirmou que vai dar suporte à candidatura de Fernando Haddad (PT).

Nessa segunda-feira, Mateus Bandeira (Novo) havia sido o primeiro candidato derrotado nas urnas, na eleição para governador, a se manifestar. Em nota, Bandeira confirmou apoio a Sartori e a Jair Bolsonaro (PSL). Já a Executiva Nacional do Novo emitiu nota refutando apoio a Haddad, mas defendendo isenção em segundo turno.

Confira nota do PSol gaúcho:

Apresentamos a candidatura de Roberto Robaina para o governo do Estado do Rio Grande do Sul, que defendeu de forma consistente um programa de combate aos privilégios, defesa dos trabalhadores do campo e da cidade e dos direitos civis. Estamos orgulhosos com o apoio às nossas ideias, com os votos de todas as nossas candidaturas, da grande votação do nosso guerreiro Pedro Ruas e pela eleição de Luciana Genro à Assembleia Legislativa e Fernanda Melchionna ao Congresso Nacional.

Nosso partido não dará o seu apoio a nenhuma das candidaturas que disputam o segundo turno no Rio Grande do Sul. Seremos oposição a Eduardo Leite (PSDB) e a José Ivo Sartori (MDB). Ambos representam uma mesma política de ajuste econômico contra o povo, privatização, desrespeito aos servidores e aos serviços públicos e a continuidade da lógica de um Estado a serviço dos mais ricos em detrimento da maioria da população. Agrega-se a isso o fato de que ambos os candidatos já declararam apoio a Jair Bolsonaro. Por isso, nosso voto no Estado será nulo. Ser contra Bolsonaro é nosso primeiro critério de definição. Nós do PSOL, que sempre fomos oposição aos governos do PT, votaremos no 13 no segundo turno nacional por conta de nosso repúdio a Bolsonaro, mesmo mantendo profundas diferenças políticas com o PT e preservando nossa independência.

Nossa principal tarefa neste momento é derrotar a extrema-direita fascista representada pela candidatura de Jair Bolsonaro e seguir nas ruas organizando a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores. Dizemos em alto e bom som: Ele Não!