Após conquistar 35,90% dos votos válidos na disputa pelo Piratini, Eduardo Leite (PSDB) disse, nesta segunda-feira, estar disposto a conversar com os demais candidatos em busca de apoio para o segundo turno. “Temos disposição pra conversar e dialogar, essa é uma característica minha na política. Eu acho que o governo do Estado exige conversar com quem a gente diverge para construirmos pontes”, ressaltou o tucano em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.
Leite destacou que a negociação, no entanto, não passa por cima dos princípios e valores disseminados durante a campanha. O candidato defendeu a necessidade de agregar projetos de outros candidatos que melhorem a vida dos gaúchos, mas foi enfático: “Nada de cargos (em troca do apoio)”.
O terceiro colocado na disputa pelo Piratini, Miguel Rossetto, já afirmou que a coligação Por um Rio Grande Mais Justo (PT/PCdoB) não vai apoiar nenhum candidato ao governo do Estado. Já o quarto colocado, Jairo Jorge (PDT), ressaltou que, ao longo da semana, o partido define qual sigla apoiar. Os demais candidatos ainda não se manifestaram.
Críticas e promessa de mais segurança
Concorrendo contra o atual governador José Ivo Sartori, Leite criticou a gestão do emedebista: “O governo que temos é muito acanhado e os avanços são poucos”, disse. O tucano entende que o Rio Grande do Sul precisa de um novo ritmo e uma nova atitude. Criticou o fato de Sartori não ter realizado concessões de rodovias, projeto aprovado pela Assembleia Legislativa e ainda de o governador ter convocado novos policiais militares às vésperas das eleições.
“A criminalidade cresceu no início deste mandato porque não houve reposição de efetivo (da Brigada Militar). Deixaram abrir defasagem na BM e a duas semanas das eleições anunciaram o chamamento de dois mil policiais militares”, disse, prometendo a reposição do efetivo desde o primeiro dia, caso eleito, e ainda a realização de “concursos públicos ano a ano para que não haja essa defasagem”.
Leite se disse ainda favorável à adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal, contudo ressaltou que é necessário alterar o acordo, já que impede o incremento do efetivo da polícia. O tucano também defendeu investimentos para criação de novas vagas no sistema penitenciário.