Doze urnas eletrônicas vão ser auditadas pela equipe do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) nas eleições deste domingo. O sorteio que definiu as zonas e seções que terão os equipamentos verificados ocorreu no plenário do tribunal, na Capital, na manhã deste sábado. Quatro delas serão para a votação paralela, sendo obrigatoriamente uma delas de Porto Alegre. O trabalho vai ser realizado durante o horário que a comunidade vai às urnas – das 8h às 17h – no andar térreo do prédio 50 da PUCRS. As demais serão submetidas à auditoria, mediante verificação da autenticidade da integridade do sistema.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê que as audições sejam feitas em duas partes. Uma, em ambiente controlado, para a análise de funcionamento das urnas sob condições normais de uso. É o caso da votação paralela. A outra, diretamente nas seções eleitorais, para verificação do sistema. Em caso de segundo turno, no próximo dia 28, o procedimento se repete, no mesmo local e horário. O trabalho vai ter o acompanhamento de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público (MP), além de ser permitida a presença de qualquer interessado.
Conforme o presidente da Comissão de Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas, o desembargador eleitoral Eduardo Dias Bainy, o objetivo desse trabalho é proporcionar aos cidadãos mais transparência do processo. “Fazemos isso para que haja garantia da legitimidade, transparência, segurança e controle. Neste ano, uma das melhorias implementadas está a retenção, por presidente de seção eleitoral, de uma cópia do boletim de urna para conferência posterior no portal”, expressou.
O desembargador eleitoral também falou sobre os boatos envolvendo a credibilidade do equipamento em funcionamento desde 1996. “A sociedade sabe que existe uma insistente tentativa de algumas pessoas, por motivos escusos, de atingir a urna eleitoral eletrônica. Isso é mito, isso é fake news. Digo com convicção: o sistema é assinado todo digitalmente, extremamente seguro”, salientou. Ele lembrou que o equipamento não está ligado na internet e os dados são transmitidos posteriormente. “Não há como algum hacker entrar nela. Existem inúmeros mecanismos de segurança para evitar que isso ocorra”, assegurou Bainy.
“Em vez de ficarem falando sobre isso, que auxiliem e façam a conferência. Os partidos podem ser organizar, com seus fiscais, para que peguem o boletim e passem para seus correligionários, para desmistificar de vez essa situação de tentar atingir os trabalhos da Justiça Eleitoral, que é uma das mais respeitadas desse País”, completou. O presidente da comissão ressaltou que até hoje nunca houve divergência na captação e contabilização dos votos do processo eletrônico. “Isso comprova que o que é digitado é contabilizado. Se tiver prova, que apresente para que haja uma investigação e não lance vídeos na internet”.
Confira onde vai haver Votação Paralela no RS:
• Porto Alegre: colégio Estadual Júlio de Castilhos, com 397 eleitores
• Cacequi: Escola Professor Antônio Lemos de Araújo, 228 eleitores
• Caçapava do Sul: Escola Inocêncio Prates Chaves, 347 eleitores
• São Leopoldo: Escola Estadual Doutor João Daniel Hillebrand, 351 eleitores
Já as auditorias ocorrem em oito cidades:
• Silveira Martins/Santa Maria
• Santa Cruz do Sul
• Venâncio Aires
• Vila Lágaro
• Putinga
• Caxias do Sul
• Uruguaiana
• Caxias do Sul (seção 309)