Em vistoria às obras da nova Ponte do Guaíba na manhã desta sexta-feira, o ministro da secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, confirmou que a expectativa do governo federal é entregar as obras até o final deste ano. Contudo, após sobrevoar a região de helicóptero e usar uma balsa para vistoriar as estruturas, o ministro disse estar preocupado com a demora para a remoção das cerca de 300 famílias que moram na Ilha dos Marinheiros, local por onde deverá passar a nova ponte.
“O nosso calcanhar de Aquiles é a questão do reassentamento das famílias. Enquanto eu não chegar aqui e ver que iniciou esse reassentamento, eu saio daqui preocupado. O governo está fazendo a sua parte e a ponte continua como um desafio para todos nós. Em novembro estarei de volta e poderei dar uma palavra mais definitiva, mas se nós chegarmos aqui em novembro e esse reassentamento não tiver iniciado, eu passo a ter uma dúvida muito grande sobre o atingimento do nosso objetivo”, avaliou.
Até o momento, foram investidos cerca de R$ 600 milhões na construção da nova ponte, que está 68% concluída. O governo já liberou outros R$ 100 milhões para a conclusão. “A meta é, até o final deste ano, nós entregarmos à população essa ponte com a sua funcionalidade. O recurso está garantido. Ela foi incluída pelo presidente da República, Michel Temer, naquilo que nós chamamos de ‘desafio chave de ouro’, que é uma série de empreendimentos pelo Brasil onde o governo está dispondo recursos extraordinários para que elas possam ser entregues à população ainda nesse governo”, explicou Marun.
Após vistoriar as Obras, ministro Carlos Marun reafirma que a meta do governo federal é entregar a nova Ponte do Guaíba até o final de 2018. Cerca de R$ 600 milhões já foram investidos e outros R$ 100 milhões já estão garantidos para a conclusão. @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/IMRJi3IDg3
— Carlos Machado (@_carlos_machado) October 5, 2018
O ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Valter Casimiro, também participou da vistoria às obras da nova ponte. Segundo ele, neste momento, são cerca de 120 famílias que precisam ser removidas. “Precisamos correr com o reassentamento. O DNIT, junto à justiça, já agendou a audiência de conciliação para poder negociar a retirada das famílias. A parte [das obras] onde estão essas famílias anda um pouco mais rápido, mas se a gente não retirar logo, isso compromete a funcionalidade de entregar a obra até 31 de dezembro”, avaliou Casimiro.
O vice-governador José Paulo Cairoli acompanhou a visita dos ministros.