O Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre adverte que aproximadamente 400 trabalhadores da TAP Manutenção e Engenharia (TAP-ME) podem ser demitidos, até dezembro, caso a subsidiária da empresa portuguesa não seja vendida até o fim de 2018. O sindicato citou a previsão, nesta quinta-feira, após reunião realizada por videoconferência entre os trabalhadores e a classe patronal. A TAP-ME é especializada em manutenção de aeronaves, e atua em separado da companhia aérea de mesmo nome.
“Caso a TAP ME não seja vendida até o fim do ano, as atividades serão encerradas”, alertou o presidente da entidade, Leonel Montezana.
Desde o segundo semestre de 2017, a empresa demitiu cerca de 700 funcionários em Porto Alegre. O desligamento em massa de trabalhadores ocorre em função da crise financeira. Após o início da gestão da empresa alemã Fraport, no Aeroporto Salgado Filho, em janeiro, o valor para utilização dos hangares quase triplicou, segundo Montezana. Com isso, foram praticamente suprimidos os trabalhos da TAP-ME realizados ao lado da pista.
Atualmente, há 400 funcionários atuando nas oficinas da empresa portuguesa, localizadas nas imediações do terminal aeroviário. A TAP-ME presta assistência mecânica de motor e trem de pouso para companhias aéreas, incluindo concorrentes da TAP.
A aérea portuguesa passou a operar no Brasil após ter comprado a operação da Varig, em 2006. No início das atividades, mais de 2,5 mil pessoas chegaram a trabalhar em Porto Alegre.
O Sindicato dos Aeroviários ressalta, ainda, que o possível fechamento da TAP-ME não tende a interferir nos voos realizados pela companhia entre Porto Alegre e Lisboa, já que as empresas são distintas. As partidas, ligando diretamente a capital gaúcha a Portugal, ocorrem nas terças, quartas, sábados e domingos, a partir do Salgado Filho.
Confira na íntegra a nota da TAP M&E
“A TAP Manutenção e Engenharia (TAP M&E) confirma o encerramento das atividades da unidade de Porto Alegre/RS. Os colaboradores já foram comunicados da decisão, motivada também pela falta de demanda do mercado. Ao todo, 20 foram transferidos para Lisboa, em Portugal. Para o Rio de Janeiro, serão remanejados entre 10 e 20 funcionários.”