Centro de tratamento de arritmias começa a funcionar na próxima segunda-feira, em Porto Alegre

Centro vai funcionar 24h no Hospital São Francisco

Foto: Divulgação / Santa Casa

A Santa Casa de Porto Alegre inaugurou na manhã desta sexta-feira o Centro Internacional de Arritmias – Instituto J. Brugada. O espaço, pioneiro no país, vai atender a partir da próxima segunda-feira pacientes particulares, convênios e oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS). Construído no hospital São Francisco, os pacientes contarão com atendimento 24h exclusivamente para diagnósticos, gerenciamento e tratamento de arritmias – doença caracterizada pelo ritmo de batimento rápido e irregular dos átrios do coração.

O cirurgião cardiovascular e diretor médico do Hospital São Francisco, Dr. Fernando Lucchese, afirma que o centro está totalmente equipado para oferecer diagnóstico e tratamento para as necessidades relativas ao controle das arritmias. “O formato do nosso centro será único no país, pois, em um mesmo espaço, oferecermos terapias por drogas (medicamentos), por aparelhos (marcapasso, desfibrilador) e por ablação por cateter (interrupção da arritmia com a colocação de cateter), além de um pronto atendimento 24h, ou seja, um suporte totalmente integrado”, afirma.

O centro de tratamento terá atuação internacional. No contrato, assinado no início de maio, colocando o Instituto Brugada – do Dr. Josep Brugada, cardiologista espanhol que descobriu e dá nome à Síndrome de Brugada – como parceiro no desenvolvimento das atividades médico do Hospital. A síndrome de Brugada é uma arritmia hereditária que tem prevalência em homens jovens e pode causar morte súbita.

O médico especialista também irá integrar o corpo clínico da instituição, onde periodicamente irá realizar procedimentos em pacientes. O treinamento de profissionais que atuarão na instituição será conduzido pela equipe do Dr. Carlos Kalil, referência brasileira em eletrofisiologia.

No Brasil, estima-se que 1,5 milhão de pessoas tenham algum tipo de arritmia. Um dos tipos da doença com maior prevalência é a fibrilação atrial, atingindo 2,5% da população mundial, o que equivale a cerca de 175 milhões de pessoas.