A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Deat), desencadeou a Operação Analysis, na manhã desta sexta-feira. A ofensiva apura a prática de peculato, inserção de dados falsos em sistemas de informação e associação criminosa, em prejuízo do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS).
Estão sendo cumpridos cinco mandados judiciais de busca e apreensão na Capital e nos municípios de São Jerônimo, Charqueadas, Minas do Leão e Butiá. A operação conta com a participação de 28 policiais civis e nove viaturas.
Segundo os delegados André Lobo Anicet e Max Otto Ritter, a ofensiva visa localizar e apreender documentos, agendas, cartões de beneficiários e/ou pensionistas do IPE, computadores, notebooks entre outros elementos de informação quanto à autoria e à materialidade dos delitos. As provas coletadas até o momento revelam que a proprietária e duas funcionárias do laboratório investigado teriam lançado dados de exames clínicos de beneficiários do convênio em duplicidade, procedido de registros de exames que não eram efetivamente realizados. Há suspeitas de utilização de nomes de segurados já falecidos.
O valor total dos prejuízos ao Estado ainda não foi calculado, mas estima-se que seja em torno de R$ 500 mil.
Em nota divulgada no final da manhã, o IPE Saúde informou que atendeu a todos os pedidos de documentos da Polícia Civil e que “a atual gestão já está trabalhando em diferentes formas de garantir mais segurança nas operações e em formas de fiscalização, tendo em vista o universo de mais de 1 milhão de beneficiários e do alto número de atendimentos realizados diariamente em todo o estado”.
Leia a nota completa
“O IPE Saúde informa que em maio e junho de 2018 foram solicitados pela Polícia Civil relatórios de autorização, realização e pagamentos de exames ao laboratório citado na investigação, o que foi atendido. Assim como o esclarecimento de demais informações relativas ao caso.
A atual gestão já está trabalhando em diferentes formas de garantir mais segurança nas operações e em formas de fiscalização, tendo em vista o universo de mais de 1 milhão de beneficiários e do alto número de atendimentos realizados diariamente em todo o estado.
A identificação biométrica dos usuários deve ser implantada a curto prazo para dar mais segurança ao sistema. Reiteramos que a senha é pessoal e não deve ser fornecida em nenhuma operação de atendimento.
O presidente do IPE Saúde, João Gabbardo, afirma que a autarquia seguirá colaborando com a Polícia Civil no fornecimento de todas as informações necessárias para a conclusão do caso. “A partir do momento em que recebermos o resultado da investigação, será apurada a responsabilidade mediante auditoria médica”, completa.
PRESIDÊNCIA DO IPE SAÚDE”
