O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, declarou, nesta sexta-feira, que não vai aceitar um resultado diferente da vitória dele no pleito presidencial e voltou a lançar dúvidas sobre a lisura do uso de urnas eletrônicas no processo eleitoral. Em entrevista à TV Bandeirantes, o deputado, que continua internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista, disse também não acreditar nas pesquisas eleitorais, que coincidem ao projetar a derrota dele pela maior parte dos adversários no segundo turno. As informações foram compiladas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
“Não posso falar pelos comandantes, mas não aceito resultado diferente da minha eleição”, disse Bolsonaro, quando questionado sobre como vê a repercussão do processo eleitoral entre os militares. Caso ele seja o eleito, por outro lado, garantiu que vai haver “zero risco à democracia”.
A polarização política que acontece este momento no País, resumiu, é entre um “Bolsonaro democrata e um PT que é o caminho da ‘venezuelização’”.
O capitão reformado do Exército também criticou a recusa, por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de aplicar o voto impresso em parte das urnas como forma de auditar o resultado do pleito. “É o grande problema que temos pela frente”, disse, acrescentando ter desconfianças em relação a “parte” dos integrantes do TSE. “Não os ministros, mas de alguns profissionais dentro do TSE”, complementou.
Ainda na visão de Bolsonaro, o ex-presidente Lula apenas “aceitou ser preso”, em abril, porque o partido conta com um “plano B”, que é a fraude eleitoral nas eleições deste ano. “Não existe outra maneira de o PT ganhar se não for na fraude. O Fernando Haddad é um poste de Lula, está na cara que vai dar um indulto e colocá-lo em algum ministério.”
Bolsonaro também criticou as pesquisas eleitorais: “Não acredito. Não é o que vejo na ruas, como me tratam nos aeroportos, nos eventos. Eu não vejo eleitor de Marina ou dos demais candidatos. Não sou nem só eu, mas quem está comigo que não vê”.