Após a empresa Uber implementar, desde segunda-feira, a possibilidade de que os passageiros paguem uma verba extra opcional para o motorista, que se assemelha a uma espécie de gorjeta, a Associação Liga dos Motoristas de Aplicativos do Rio Grande do Sul (Alma), afirmou à Rádio Guaíba que a aceitação da novidade ainda é baixa. Desde o início da semana, os usuários podem optar por adicionar, ao valor da corrida, uma quantia de R$ 1, R$ 2 ou R$ 5. A contribuição não é obrigatória.
A direção da entidade também voltou a defender que as empresas valorizem o motorista de outra forma, como por exemplo, diminuindo o valor da tarifa cobrada dos colaboradores.
Ainda assim, o presidente da Alma, Joe Moraes, disse que os motoristas consideraram positiva a iniciativa, que já é utilizada em outros países. Conforme ele, qualquer dinheiro dado a mais é “muito bem-vindo”.
O presidente da Associação relatou que apenas uma vez recebeu gorjeta, pela empresa 99 POP, que adota a estratégia desde 2017. Além disso, considerou que “premiar os motoristas com outros incentivos” é uma saída melhor do que “R$ 1 de gorjeta”. Moraes também disse conhecer menos de 10 motoristas que receberam o bônus.
Na segunda-feira passada, a Uber encaminhou para os clientes um e-mail informando do novo serviço. Conforme a empresa, essa é uma “nova forma de dizer obrigado”. O e-mail dizia: “Quando você tiver uma experiência tão boa que agradecer com 5 estrelas ou com um elogio não é suficiente, agradeça com um extra. O extra é aquele algo a mais para você retribuir quem oferece um algo a mais. E o valor é livre da taxa Uber”.
