A Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL) divulgou, nesta quarta-feira, os cinco autores que concorrem ao posto de patrono ou patrona da 64ª Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorre entre 1º e 18 de novembro. Caio Riter, Celso Gutfreind, Claudia Tajes, Leticia Wierzchowski e Maria Carpi foram os mais votados na primeira etapa de votação do processo de escolha.
Cada uma das 130 empresas associadas à Câmara Rio-Grandense do Livro (editoras, livrarias, creditistas e distribuidoras de livros), além de patronos de Feiras anteriores e ex-presidentes da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), indicaram cinco autores para que concorram ao título.
A segunda etapa da votação envolve as empresas associadas e a diretoria da CRL, patronos de feiras anteriores, representantes da comunidade cultural (reitores de universidades, diretores de faculdades e titulares de entidades culturais e sociais envolvidas com a questão do livro, todas sediadas no Rio Grande do Sul) e o público em geral, através de urnas disponibilizadas em livrarias pelo Rio Grande do Sul.
A apuração fica a cargo da CRL. O nome do mais votado, que vai suceder Valesca de Assis, deve ser anunciado na primeira quinzena de outubro.
Podem concorrer ao patronato escritores com obra de qualquer gênero (não exclusivamente literário), gaúchos ou radicados há mais de cinco anos no Rio Grande do Sul.
Saiba mais sobre os patronáveis:
Caio Riter
Nasceu em Porto Alegre em 1962. Mestre e doutor em Literatura Brasileira, é professor e ministrante de oficinas de criação literária. Autor de obra extensa, dedicada principalmente ao público infantil e juvenil. Recebeu o Açorianos de Literatura em 2004, 2006 e 2009; o 1º Barco a Vapor em 2005; Prêmio Livro do Ano pela Associação Gaúcha de Escritores em 2005 e 2006, e Selo Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil pelo conjunto da obra. Teve vários livros selecionados por programas governamentais e integrou o Catálogo de Bolonha. É nome frequente em atividades em escolas e eventos literários em todo o Brasil.
Celso Gutfreind
Nasceu em Porto Alegre em 1963. Autor de poemas, contos infantis e juvenis e ensaios sobre humanidades e psicanálise. Finalista em oito ocasiões, Celso recebeu o Prêmio Açorianos em 93. Agraciado cinco vezes com o Livro do Ano da Associação Gaúcha de Escritores. Também foi finalista do Prêmio Jabuti 2011 e escritor convidado do Clube de Escritores Ledig House em Omi (EUA), 1996. Como médico, se especializou em psiquiatria, psiquiatria infantil, mestrado e doutorado em Psicologia, reali zado na Universidade Paris 13. Realizou pós-doutorado em Psiquiatria da Infância pela Universidade Paris 6. Psicanalista, trabalha em consultório e como professor convidado no curso de Psicologia da Unisinos e UFRGS.
Claudia Tajes
Nasceu em Porto Alegre em 1963, e conta que renasceu em 2000, quando estreou na literatura. Cronista elogiada, costuma abordar o cotidiano e as relações afetivas de forma mais frequente. Redatora publicitária e roteirista de televisão, é autora também dos romances “Dez Quase Amores”, “A Vida Sexual da Mulher Feia”, “Só as Mulheres e as Baratas Sobreviverão”, entre outros. Já “Sangue Quente” e “Partes Íntimas” reúnem contos e crônicas. Foi publicada na Itália, na Sérvia, na Croácia e em Portugal.
Leticia Wierzchowski
Nasceu em Porto Alegre em 1972. O quinto romance que escreveu, “A Casa das Sete Mulheres”, recebeu adaptação da TV Globo para uma série televisiva, sucesso de audiência nos anos 2000, exibida em mais de trinta países. Em 2004, lançou “Um Farol no Pampa”, desdobramento daquele romance. Em 2005, estreou na literatura infanto-juvenil com “O Dragão de Wawel e Outras Lendas Polonesas”, em co-autoria com Anna Klacewicz. Recebeu o Selo Altamente recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil em 2006 e 2007 e o Prêmio Jabuti em 2009. Foi publicada na Alemanha, Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal, Croácia e Sérvia e Montenegro.
Maria Carpi
Nasceu em Guaporé, Rio Grande do Sul, em 1939. Poeta, estreou na literatura em 1990, aos 51 anos. Uma das escritoras mais respeitadas da poesia contemporânea brasileira, recebeu o reconhecimento da crítica através de diversos prêmios e distinções. Entre eles, a Menção Honrosa no Casa de las Américas em 1999, em Cuba; o Revelação da Associação Paulista dos Críticos de Arte em 1990, o Erico Veríssimo em 1991, por “Desiderium Desideravi”; vencedora quatro vezes do Prêmio Açorianos de Literatura, categoria Poesia. Além desses, foi três vezes premiada pela Associação Gaúcha dos Escritores, Livro do Ano, categoria Poesia, em 2004, 2006 e 2007.