PF abre segundo inquérito para investigar autor de ataque a Bolsonaro

Ontem, candidato disse acreditar que o ataque a faca teve motivação política

Foto: Reprodução / Twitter

Um segundo inquérito começou, hoje, a investigar o autor confesso do ataque a faca contra Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República. De acordo com nota da Polícia Federal (PF), o inquérito busca “apurar fatos decorrentes das investigações” realizadas até agora.

A PF não forneceu mais detalhes do novo procedimento investigativo sob a alegação que “as informações do inquérito são sigilosas”. Para a imprensa do centro do País, o delegado Rodrigo Morais disse que vai ser investigado o envolvimento de uma organização criminosa no atentado. A PF também deve fazer uma devassa nos últimos dois anos da vida do autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira. O pedreiro segue detido em um presídio federal em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.

O ataque contra Bolsonaro ocorreu no dia 6, quando o candidato à Presidência fazia campanha na região central de Juiz de Fora. Ele recebeu uma facada no abdômen em meio ao tumulto que se formou durante o ato político. O candidato permanece internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Bolsonaro fala que PF age para abafar o ataque

Ontem, Bolsonaro disse acreditar que o ataque a faca teve motivação política. Em entrevista à rádio Jovem Pan, ele sugeriu que a PF possa estar agindo para abafar o caso. “O depoimento do delegado que está conduzindo realmente é para abafar”, disse. “Dá a entender até que age em parte como uma defesa do criminoso. Isso não pode acontecer”, acrescentou.

Após ouvir mais de 30 pessoas, quebrar os sigilos financeiro, telefônico e telemático de Adelio, o delegado federal Rodrigo Morais e a equipe não encontraram indício de que o autor da facada tenha agido a mando de terceiros no primeiro inquérito sobre o caso, entregue ontem.