A Polícia Civil descarta, em um primeiro momento, uma relação entre as duas execuções, com cinco vítimas incluindo uma criança, ocorridas na noite desse domingo em Porto Alegre. A informação é do delegado Cassiano Cabral, da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (3ªDPHPP), que investiga os dois casos.
No bairro Rubem Berta, uma família foi morta dentro de um Ford Ka. As vítimas foram identificadas como o casal Douglas Araújo da Silva, 29 anos, e Sabrine Paines Rodrigues, 24 anos, além da filha Alice Beatriz, de um ano, sendo que todos foram baleados. A lataria do veículo ficou crivada de tiros. Os executores haviam seguido o carro desde que o casal com a criança saiu de uma festa infantil. Atirando contra o automóvel das vítimas, os criminosos estavam em um Ford Ka e uma Ford EcoSport que mais tarde apareceria abandonada e incendiada no bairro Passo das Pedras.
Na perseguição, o Ford Ka da família acabou acidentando-se. Um dos perseguidores aproximou-se e atirou contra o carro parado. Cápsulas deflagradas de munição de calibres 556 e 9mm foram recolhidas no local. Segundo um morador que não quis se identificar, os atiradores efetuaram em torno de três minutos de disparos de tiros. “Parecia comemoração de título”, relatou.
Acionados, os policiais militares isolaram a área para o trabalho do Instituto-Geral de Perícias e realizaram buscas na região. O titular da 3ªDPHPP confirmou que Douglas Araújo da Silva estava foragido do sistema prisional e tinha envolvimento com o tráfico de drogas. “Não teve troca de tiros a princípio. Não foi encontrada nenhuma arma…não teve tiro de dentro para fora do carro das vítimas”, observou, destacando ainda o avanço do trabalho investigativo.
Cerca de uma hora e meia depois do crime, o efetivo do 20º BPM foi novamente acionado para outra ocorrência com um casal assassinado. Os corpos, ambos baleados, foram deixados no bairro Sarandi. As vítimas, que não portavam documentos, foram “desovadas” no local pelos ocupantes de um Ford Fiesta e um Corsa Wind. O delegado Cassiano Cabral aguarda a identificação das vítimas, mas suspeita que o homem morto seja também um criminoso conhecido. “Não temos indicação oficial, mas pelas tatuagens acho que é um foragido nosso que matou dois em setembro. Falta ainda confirmação oficialmente”, explicou.