PT e PSDB querem acabar com a Lava Jato, diz Marina Silva

Candidata da Rede também critica parte do eleitorado que defende o chamado “voto útil”

Foto: Equipe Marina Silva

A candidata à presidência Marina Silva (Rede) afirmou neste sábado que a aproximação entre PT e PSDB visando o próximo governo tem como objetivo acabar com a operação Lava Jato. A declaração da ex-ministra é amparada pelo fato dos dois partidos estarem atuando juntos em favor do foro privilegiado e devido ao fato PT ter criticado, por meio de nota, o Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão de afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em 2017.

“O Haddad já disse que está disposto a dialogar com Alckmin. Eles nunca conversaram antes e sempre se odiavam. O PSDB e o PT não eram inimigos? Porque agora eles estão dizendo que querem conversar. Sabe qual é a base da conversa? É acabar com a Lava Jato”, afirma.

Em entrevista à Rádio Guaíba, Marina Silva também criticou a estratégia de eleitores que defendem o “voto útil” para projetar o 2° turno em vez de escolher o candidato que considera ideal no 1° turno das eleições.

“O voto útil não é útil coisa nenhuma. A eleição é em dois turnos para você dar o seu voto do seu coração, da sua consciência, no primeiro turno. No segundo turno, é uma outra eleição. Eles chamam de voto útil, mas o que eles querem é inutilizar o seu voto e o seu desejo de mudar. Eles querem que fiquem sempre os mesmos”, defende.

Em quinto lugar na pesquisa Datafolha para a corrida presidencial, Marina acredita que pode chegar ao segundo turno defendendo seu plano de governo e falando a verdade a população.

“A minha única estratégia é continuar falando a verdade e não fazer proposta mirabolante. Eu decidi que não vale fazer tudo para ganhar uma eleição. Eu quero ganhar, ganhando. Estes aí se ganharem vão agradecer ao dinheiro e as mentiras que contaram”, frisa.

Conforme pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, Bolsonaro tem 28% dos votos, contra 16% de Fernando Haddad (PT), 13% de Ciro Gomes (PDT), 9% de Geraldo Alckmin (PSDB) e 7% de Marina Silva. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Em Porto Alegre, Marina Silva esteve acompanhada de seu vice, Eduardo Jorge (PV), percorrendo pontos do bairro Jardim Leopoldina e da Orla do Guaíba. Neste domingo, a candidata cumprirá agenda em Curitiba.