Disputa entre Bolsonaro e Haddad vai paralisar Brasil por mais quatro anos, adverte Kátia Abreu

Candidata a vice falou para o Esfera Pública, na tarde desta sexta-feira

Ciro Gomes e Kátia Abreu. Foto: Divulgação/Facebook

A candidata a vice na chapa de Ciro Gomes, senadora Kátia Abreu (PDT), comemorou, nesta sexta-feira, os resultados da pesquisa Datafolha que apontou vitória do pedetista frente a Jair Bolsonaro (PSL), em um eventual segundo turno. O estudo, divulgado nessa quinta-feira, revelou que Ciro Gomes obtém 45% da preferência do eleitorado contra 39% de Bolsonaro, com margem de dois pontos para cima ou para baixo.

Conforme Kátia Abreu, o recorte da pesquisa demonstra que o país procura e busca um novo viés político para o futuro do Brasil. A senadora falou, na tarde de hoje, para o Esfera Pública. “Se todos deram o nome do Ciro Gomes, no segundo turno, significa que ele é o personagem que pode unificar o país, para sair dessa guerra de esquerda e direita, muito radical, que influencia no governo”, salienta. Segundo Datafolha, no primeiro turno, Bolsonaro registra 28% dos votos, contra 16% de Fernando Haddad (PT) e 13% de Ciro.

Para Kátia Abreu, a polarização da política no Brasil ficou evidenciada no pleito de 2014 e pode se perpetuar, por mais quatro anos, caso Ciro não vá para o segundo turno. “Desde a eleição de Dilma contra Aécio parece que nós estamos numa eleição contínua. Depois do impeachment, então, o país está conflagrado. Precisamos pacificar tudo isso, mostrando para o eleitor que o Ciro significa esse equilibro. Numa disputa entre Bolsonaro e Haddad nós vamos ter mais quatro anos pela frente de muita animosidade e nervosismo no país, o que vai prejudicar e economia”, adverte.

A candidata a vice também reconheceu o crescimento do petista Fernando Haddad nas pesquisas, amparado pelo eleitorado de Lula, mas avaliou que diminuiu a influência política do ex-presidente, em função da condenação em segunda instância. Katia Abreu recorda que mesmo com apoio político de Lula, Dilma teve dificuldades no Planalto. “Eu gosto da Dilma, ela é minha amiga, mas ela não tinha articulação política suficiente e o traquejo para fazer essa convivência no Congresso… e isso que Lula estava solto. Imagina Haddad, com Lula preso, o que pode dificultar a vida dele com o Congresso?”, considerou.

Kátia Abreu reforçou, de outro lado, que Bolsonaro vem propagando um discurso raso diante de problemas complexos do Brasil. “Qual é a proposta de Bolsonaro para segurança pública a não ser armar as pessoas? Qual é a proposta de Bolsonaro para a educação a não ser fazer escolas militares pelo país? Para a economia? É que ele tem o amigo Paulo Guedes que vai fazer tudo?”, questiona.

Candidata cumpre roteiro pelo RS

Kátia Abreu cumpre roteiro neste sábado pelo Rio Grande do Sul. No início da manhã, ela vai ser homenageada por entidades vinculadas às Santas Casas e hospitais filantrópicos, na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. No mesmo local, profere palestra e concede coletiva de imprensa.

Após a agenda no hospital, ainda pela manhã a senadora participa de caminhada no bairro Mathias Velho, em Canoas. Na sequência, participa de almoço com mulheres pedetistas em um restaurante do Centro de Porto Alegre. A partir das 15h caminha pelo bairro Partenon, também na Capital.