Torres: Alemão Caio é condenado a 41 anos e 3 meses de prisão

Juíza Marilde Goldschmidt manteve a prisão preventiva e o réu não pode apelar em liberdade

Foto: Reprodução/Twitter/TJRS

Depois de oito horas de júri popular, o empresário Carlos Flores Chaves Barcellos, conhecido como Alemão Caio, recebeu hoje pena de 41 anos e 3 meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma. O julgamento ocorreu sete anos após os crimes, em Torres, no litoral Norte. A juíza Marilde Goldschmidt manteve a prisão preventiva e o réu não pode apelar em liberdade.

A sentença do ex-surfista era estimada em pelo menos 30 anos por ter matado a facadas, em 2011, José Augusto Bezerra de Medeiros Neto, o Zeca Bezerra, então namorado da ex-esposa dele, Ivanise Menezes. Além disso, Caio vai cumprir pena pela tentativa de homicídio dela, em frente ao filho do casal, e pelo crime de porte ilegal. Foram seis tentativas da Justiça de levar o caso a um veredito final.

A acusação reiterou a tese de que Caio nunca aceitou a separação e só não matou Ivanise também porque a arma falhou. Já a defesa tentou suavizar as penas, sem sucesso.

Testemunhas de defesa e acusação falaram pela manhã. Um policial militar que atendeu a ocorrência contou que, ao chegar ao local dos crimes, o filho do casal, então com 10 anos, o abraçou e pediu: “Prende o meu pai. Ele matou o Zeca”. Já um psiquiatra convocado pela defesa afirmou que Caio sofre de psicopatia. Outras testemunhas confirmaram que ele tinha perfil “competitivo” e não admitia “perder”.

Relembre

Em 12 de agosto, Alemão Caio passou a ser considerado foragido da Justiça após não ter sido localizado nos três endereços de Porto Alegre informados à Polícia Civil. No início do mês passado, ele não compareceu ao tribunal do júri, em Torres, alegando problemas de saúde. Com isso, a Justiça decretou a prisão preventiva do réu, que até então cumpria prisão domiciliar. Sete anos após o crime, em Torres, essa havia sido a quinta tentativa de levar o caso a julgamento. Ele acabou sendo localizado pela polícia em 22 de agosto, em um motel no bairro Azenha, em Porto Alegre.