PP gaúcho avaliza apoio de Heinze a Bolsonaro, mas pede “diálogo respeitoso”

Presidente estadual da sigla, Celso Bernardi, também lembra que as campanhas de Bolsonaro e Alckmin fazem oposição ao governo atual

Celso Bernardi, ressaltou boa relação pessoal entre Marchezan e Paim, apesar de crise | Foto: Divulgação/PP

Após o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP) ter manifestado, hoje, apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência da República, o presidente estadual do PP, Celso Bernardi, disse que respeita a decisão, desde que se mantenha o “diálogo respeitoso” dentro da sigla. A decisão de Heinze, que disputa o Senado, afasta o deputado da campanha majoritária de Ana Amélia Lemos (PP), que é vice da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).

Em nota, Bernardi admite que Heinze contrariou decisões da executiva nacional e estadual. Porém, relativiza. “Mesmo que não correspondam à nossa vontade, as posições individuais devem ser respeitadas. Lembro que há um fato importante, que nos fazem iguais: somos do mesmo partido e por isso, saberemos exercitar o diálogo respeitoso”, cita o comunicado.

Bernardi também lembra que as campanhas de Bolsonaro e Alckmin fazem oposição ao governo atual. “Nós podemos ter opiniões diferentes sobre quem apoiar e como apoiar, mas sabemos quem não queremos de volta ao poder, tanto no Rio Grande do Sul como no Brasil”, segue a nota.

O presidente estadual do PP também projeta o segundo turno das eleições. “Não devemos romper pontes e radicalizar com aqueles que estão próximos das nossas posições doutrinárias e da visão que temos de Estado e de gestão”, finaliza.

Confira a nota na íntegra

Nota do Progressistas – RS

Considerando a manifestação do Deputado Luis Carlos Heinze (PP), candidato ao senado pelo PP-PSDB-PTB-PPS-PHS-PRB e REDE, de apoio ao candidato a Presidente Jair Bolsonaro.

Considerando que os candidatos do Progressistas tanto em nível nacional, quanto estadual foram aprovados nas respectivas convenções, em 02 de agosto (Nacional) e o 04 de agosto (Estadual), sem nenhuma contestação formal, sendo que o Deputado Luis Carlos Heinze participou de ambas.

Considerando, que nestas Convenções foram aprovados, por mais de 95%, os nomes da chapa Majoritária e Proporcional, com as seguintes coligações:

Nacional com os Partidos: PP/PSDB/DEM – PTB-PR-SDD-PRB e PSD, tendo como candidatos Geraldo Alckmin e Vice Ana Amélia Lemos.

Estadual – com os Partidos PP-PSDB-PTB-PRB-PPS-PHS e REDE, tendo como os candidatos a Governador Eduardo Leite e Vice Delegado Ranolfo e para o senado Luis Carlos Heinze e Mário Bernd.

Coligação proporcional para Deputado Federal com os Partidos: PP-PSDB-PTB-PRB e REDE.

Para Deputado Estadual com os Partidos: PP-PTB

Avaliando, que pela primeira vez, nos últimos anos, temos a mesma posição de apoio a coligação aprovada pela Convenção Nacional e com destaque ao protagonismo e a importância da participação da Senadora Ana Amélia como candidata a Vice Presidente da República.

Considerando, que a Comissão Executiva Estadual tem procurado cumprir as deliberações tomadas nas instancias partidárias, inclusive os compromissos decorrentes das Convenções e das Coligações nelas aprovadas.

Este é o compromisso institucional. Esta é a posição do Progressistas Gaúcho.

Mesmo que não correspondam a nossa vontade, as posições individuais devem ser respeitadas.

Lembro que há um fato importante, que nos fazem iguais: somos do mesmo partido e por isso, saberemos exercitar o diálogo respeitoso.

Temos que ter presente que a eleição é um episódio na vida partidária, mas o partido é permanente. Somos todos responsáveis em manter a nossa UNIDADE e isso requer compreensão.

Nós podemos ter opiniões diferentes sobre quem apoiar e como apoiar, mas sabemos quem não queremos de volta ao poder, tanto no Rio Grande do Sul como no Brasil.

Temos os nossos candidatos (as) indicados pelas convenções e vamos fazer a nossa parte.

Por fim, é bom lembrar que a eleição de 2018 poderá ter segundo turno e não devemos romper pontes e radicalizar com aqueles que estão próximos das nossas posições doutrinárias e da visão que temos de Estado e de gestão.