As exportações totais de carne bovina (in natura e processada) atingiram a 173.826 toneladas no mês de agosto estabelecendo um novo recorde mensal no setor, segundo informações da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX.
Este volume representou um crescimento de 19% sobre agosto de 2017, quando as exportações foram de 145.550 toneladas. A receita, por sua vez, aumentou 16%,
passando de US$ 605,3 milhões no mesmo mês de 2017 para US$ 699,8 milhões em 2018.
Com estes números, segundo a Abrafrigo, o total exportado já supera a 1 milhão de
toneladas em oito meses: em agosto de 2017 haviam sido exportadas 929.284 toneladas e
neste ano, se exportaram 1.014.841 toneladas, num aumento de 9%. A receita correspondente foi de US$ 3,77 bilhões em 2017 e neste ano já alcança US$ 4,2 bilhões, num crescimento de 12%. A entidade acredita que até o final do ano o país se manterá na meta de crescer 10% na movimentação de 2018, ultrapassando 1 milhão e 500 mil toneladas.
A China continua comandando o crescimento das exportações brasileiras. Pela cidade estado de Hong Kong foram movimentadas 249.808 toneladas nos oito primeiros meses do ano, num crescimento de 16% em relação ao mesmo período de 2017, enquanto que pelo continente a movimentação somou 191.118 toneladas, num aumento de 49% em relação ao ano passado.
Também vem ampliando suas importações o Egito (+25%), com 104.180 toneladas; Chile
(+92%) com 75.062 toneladas e quase todos os países integrantes da União Europeia. A
destacar a participação do Uruguai que, em 2017, até aqui, tinha importado apenas 2 mil
toneladas da carne bovina brasileira e neste ano comprou 35.834 toneladas, se encontrando na sexta posição entre os maiores clientes do país. Além da Rússia que não faz negócios envolvendo carne bovina brasileira desde dezembro de 2017, as maiores quedas nas importações entre os grandes clientes do Brasil foram as do Estados Unidos (-30%); Irã ( -25%) e Arábia Saudita (-23%). No total, até agosto, 95 países ampliaram suas aquisições e outros 55 reduziram.