Mais de 50 transexuais concorrem nas eleições de 2018

Segundo entidade, uma candidata concorre ao Senado, 17 concorrem a deputada federal, 33 disputam para deputada estadual e duas, a deputada distrital

Urna eletrônica. Foto: EBC

As eleições de outubro terão pelo menos 53 candidaturas de pessoas trans, número dez vezes maior que no pleito de 2014 quando a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) contabilizou cinco postulantes em todo o Brasil. O número pode sofrer alterações, já que os requerimentos de candidatura seguem sendo julgados pela Justiça Eleitoral.

Segundo a associação, uma candidata concorre ao Senado, 17 concorrem a deputada federal, 33 a deputada estadual e duas, a deputada distrital. O PSol é o partido com maior número de candidaturas trans (20), seguido do PT (5) e do PCdoB (5). O PSB vem em seguida, com quatro representantes para a disputa eleitoral e o PMB, com três. PSDB, Rede, MDB e PCB apresentaram duas candidaturas cada. Já o PDT, DEM, Avante, PPS, PP, PTB, PSD e PHS terão uma candidata trans cada.

O levantamento da Antra leva em conta tanto as candidaturas de pessoas trans que já retificaram o nome em cartório, como aquelas que registraram o nome social – forma como transexuais e travestis preferem ser reconhecidos socialmente. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, em março, o uso do nome social na urna para candidatos transgêneros e registra 28 candidaturas com o nome de escolha no pleito de 2018.

Eleitorado
Primeiro pleito no país a aceitar o uso do nome social, o TSE contabiliza 6.280 eleitores com o nome de escolha impresso no título. Foram feitos 1.805 pedidos em São Paulo, 647 em Minas Gerais e 426 no Rio de Janeiro, maiores colégios eleitorais do Brasil. Do total, cinco eleitores brasileiros no exterior optaram por usar o nome social.