A Polícia Federal (PF) transferiu, no início da manhã de hoje, o agressor confesso do candidato Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo de Oliveira, para o presídio federal de Campo Grande (MS). Pouco antes das 7h30min, ele chegou ao aeroporto de Juiz de Fora, escoltado pelos agentes.
Adélio entrou em um avião da PF após passar a noite em um centro de detenção provisória na cidade. Antes, ele voltou a ser interrogado na sede da corporação, com objetivo de saber se realmente agiu sozinho, como alegou ontem, ou se teve ajuda de outras pessoas e se o crime teve a participação de um mentor intelectual.
A transferência para um presídio federal ocorreu de comum acordo entre a juíza federal Patrícia Alencar, que ouviu Adélio nessa sexta-feira, em audiência de instrução, o Ministério Público Federal e a defesa do acusado. O objetivo é garantir a integridade física do homem, já que corria risco de ser morto dentro do sistema prisional comum.
O agressor é assistido por um grupo de quatro advogados, todos do mesmo escritório. Eles não quiseram revelar quem os contratou, apenas disseram que uma igreja evangélica de Montes Claros, onde mora a família de Adelio, está custeando a defesa.
Mais uma vez os advogados reiteraram que vão pedir um exame de sanidade mental do cliente, alegando que já usou medicamento psiquiátrico controlado. Dependendo dos resultados, Adelio pode ser considerado inimputável ou semi-imputável.
Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o agressor vai ficar em cela individual, sem contato físico com outros presos da unidade. Nos primeiros dias, ele já deve ser submetido à avaliação médica e psiquiátrica.
As celas do presídio medem cerca de 7 metros quadrados, com cama, banco, escrivaninha, prateleiras, vaso, pia e chuveiro. Adélio fica em ala destinada a réus colaboradores e presos protegidos pela Justiça ou com risco a integridade física.
