Suspeito de atacar Bolsonaro mistura conspirações e maçonaria

Ele chegou a ser filiado ao PSol em Uberaba (MG), mas atualmente não pertencia a nenhum partido

O homem apontado pela Polícia Militar de Minas Gerais como suspeito de ter atingido com um golpe de faca o candidato à Presidência Jair Bolsonaro sempre usou o perfil no Facebook para falar de política, inclusive com críticas ao presidenciável e aos eleitores dele.

Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, militava politicamente, elogiava a esquerda e atacava políticos de direita, como Bolsonaro.

Em meio às criticas, o homem costumava misturar tons de teorias da conspiração, como a dos Illuminati e da maçonaria, para justificar as posições tomada pelos seus opositores: “Quando a maçonaria chega ao poder, ja se pode espera certas m**** para um povo (sic)”.

Sobre a mudança de local da prefeitura de Montes Claros, onde reside, ele escreveu: “Mas o pq o anucio dentro de uma loja maçonica???? isso é negocio?? política??, oi religião???? (sic)

Comentando a redução de violência da cidade, ele postou: “Em 2012 começamos a denuciar a maçonaria de montes claros por esta por traz desta carnifiçina na cidade, e claro surtiu efeito (sic)“.

Sobre outra reportagem da região, ele afirmou que “combater a maçonaria é o ponto chave da questão para barrar o alto indice de assassinatos, não só em montes claros, mas no brasi e no mundo (sic)“.

Em julho, ele compartilhou o filme “Illuminati e o anti cristo” na linha do tempo.

Outra publicação recente, uma montagem, mostra a imagem de Bolsonaro substituída pela de um burro, no centro do palco de um programa de entrevistas. Ele também relaciona eleitores de Bolsonaro a “analfabetos e semianalfabetos” e critica o que chama de falta de inteligência.

O suspeito ainda compartilhou um vídeo em que elogia o presidente venezuelano, Nicolas Maduro.”Isso é ser comunista, isso é comunismo, mas para a direita maçônica é um crime passivo de fuzilamento”, escreveu.

Desde julho, Oliveira criticou pelo menos dez vezes o presidenciável. Na maior parte delas, compartilha reportagens e ironiza o político ou os apoiadores.

Sobre o passado de Adelio Bispo de Oliveira, pouco se sabe. Ele chegou a ser filiado ao PSol em Uberaba (MG), mas atualmente não pertencia a nenhum partido. Vive em uma casa simples, na cidade mineira de Montes Claros, a 677 km de onde ocorreu o ataque.