Uma força-tarefa nas fronteiras Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul prendeu 51 pessoas entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro. As autoridades de segurança divulgaram o balanço final da Operação Fronteira Sul na tarde desta segunda-feira, em Porto Alegre. Em 73 mandados de busca, apreensão e prisão, os principais delitos que causaram detenções foram tráfico de drogas e porte e posse ilegal de arma de fogo.
Foram apreendidos 16,4 kg de maconha, 464 g de cocaína, 1,35 kg de crack, 22 armas de fogo e 12,6 kg de material explosivo. “A cada arma que a gente apreende, está evitando vários homicídios. Porque essas armas não ficam na área de fronteira. Elas vêm pra Porto Alegre e região metropolitana e são utilizadas pra homicídios”, disse o chefe da Polícia Civil, Emerson Wendt. Também foram recuperados oito veículos e apreendidos 208,5 kg de alimentos impróprios, R$ 3.561,00, talões de cheques e quantia em pesos argentinos e guaranis, a moeda paraguaia.
Os trabalhos estiveram concentrados em pontos da fronteira até 150 quilômetros distantes entre si. Entre as ações, operações militares preventivas, repressivas, ostensivas e de inteligência, patrulhamento, reconhecimentos terrestres e mandados de busca e apreensão.
Conforme o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, a operação deve ter continuidade. “Vamos executar a operação desse tipo aqui, várias vezes no decorrer deste ano. Já temos uma ideia alinhavada com todos os órgãos. São várias operações que, por questões de sigilo e surpresa, só serão anunciadas posteriormente à operação propriamente dita”, disse o Chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Sul (CCOp/CMS).
O secretário estadual de Segurança Pública, Cesar Schirmer, salientou que os dois mil quilômetros de fronteira do Rio Grande do Sul são de fácil travessia. “Temos 29 cidades na fronteira, das quais 16 são cidades gêmeas. E nós, no Norte do Estado, estamos a 100 km do Paraguai. Obviamente não estou querendo acusar nada, mas mera constatação… é um dos países matriz das armas e das drogas que chegam no nosso país”, comentou o secretário.
A força-tarefa no Rio Grande do Sul reuniu 892 agentes da Brigada Militar, Polícia Civil, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
