Incêndio do Museu Nacional pode ter destruído fóssil coletado em Candelária

Dinodontosaurus era um dos maiores herbívoros do período Triássico

Foto: Sergio Kaminski / Divulgação

O incêndio no Museu Nacional pode ter consumido pelo menos um fóssil procedente do município de Candelária, no Vale do Rio Pardo. O curador do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, Carlos Nunes Rodrigues, informou que o material de um dinodontosaurus compunha a exposição. Ele estima que o material tenha sido destruído pelo fogo.

Equipes da Universidade de Harvard (nos Estados Unidos) e do Museu Municipal do Rio de Janeiro fizeram estudos em Candelária na década de 40 e retiraram material de vários tipos de espécies.

Conforme Rodrigues, muitos desses fósseis nem foram abertos ainda e estão acondicionados no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), no Rio de Janeiro. Entre os materiais levados ao local, houve a limpeza do fóssil do dinodontosaurus – um dos maiores herbívoros do Triássico, período geológico que se estende desde cerca de 250 a 200 milhões de anos atrás. Os animais viveram no Triássico Médio mas desapareceram no Triássico superior.

Rodrigues explica que na semana passada, durante uma expedição de uma equipe de um museu de Buenos Aires (Argentina), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e voluntários do Museu Aristides Carlos Rodrigues houve a localização de mais um fóssil do tipo na localidade de Rincão do Simeão.

Parte do material pode ser recolhido, mas um bloco com cerca de 100 quilos permanece no local para remoção posterior.