Presidência esclarece que distribuição de senhas a venezuelanos não é fechamento de fronteira

Pelas estimativas oficiais, de 800 a 700 imigrantes venezuelanos seguem entrando no Brasil por Roraima, diariamente

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Presidência da República informou, nesta quarta-feira, que o governo não pretende, a partir da distribuição de senhas, limitar o ingresso de venezuelanos pela fronteira com Roraima. Também reiterou que não há possibilidade de fechamento da fronteira com a Venezuela, como defendem algumas autoridades do estado. A alternativa de distribuição de senhas havia sido cogitada pelo presidente Michel Temer em entrevista hoje à Rádio Jornal, de Pernambuco.

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República informou que o mecanismo das senhas “visa a aprimorar um processo de atendimento humanitário em Roraima, o que não pode ser confundido, em hipótese alguma, com fechamento à entrada de venezuelanos no Brasil”.

Pela manhã, Temer mencionou a possibilidade de adotar o uso de senhas para organizar a entrada de venezuelanos no Brasil e estruturar a situação em Roraima.

Pelas estimativas oficiais, de 800 a 700 imigrantes venezuelanos seguem entrando no Brasil por Roraima, diariamente.

O comunicado da Presidência da República detalha, ainda, que o governo, ao promover a interiorização dos venezuelanos, busca “melhorar os mecanismos de controle” para que se tornem “mais eficientes no atendimento aos refugiados”. Porém, ressalta que há uma preocupação também de “preservar as estruturas de atenção às famílias brasileiras”.

Veja a íntegra da nota à imprensa:

“O governo federal esclarece que a “possibilidade de distribuição de senhas” a que o presidente da República, Michel Temer, referiu-se na entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, nesta quarta-feira (29), visa a aprimorar um processo de atendimento humanitário em Roraima, o que não pode ser confundido, em hipótese alguma, com fechamento à entrada de venezuelanos no Brasil.

Uma vez que o presidente determinou que se intensificasse a interiorização, impõe-se melhorar os mecanismos de controle, torná-los ainda mais eficientes no atendimento aos refugiados e, ao mesmo tempo, preservar as estruturas de atenção às famílias brasileiras.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República”.