*Com informações dos repórteres Mauren Xavier e Guilherme Kepler
O escritor e patrono da 52ª Feira do Livro de Porto Alegre, Alcy Cheuiche concedeu entrevista à Rádio Guaíba nesta terça-feira e falou sobre a morte do tradicionalista Paixão Côrtes, ocorrida nessa segunda-feira. O compositor, flocorista e pesquisador da cultura gaúcha faleceu às 16h de ontem em decorrência da saúde fragilizada. Ao se referir a Paixão, Cheuiche lembra que ele serviu de modelo para a estátua do Laçador porque representa a estampa do gaúcho, do homem simples.
Cheuiche ainda lembrou um pouco da sua trajetória, que tem episódios relacionados a Paixão Côrtes. “Quando estive em Paris, onde estudei durante um tempo, eu não tinha a erva para tomar um mate. Claro, hoje em dia temos tudo em qualquer lugar, mas naquela época, nos domingos, eu vestia uma bombacha e ouvia os discos do Paixão e chorava com saudade do Rio Grande do Sul”, disse ao programa Direto ao Ponto.
No entendimento de Cheuiche, essa cultura de afeto pelo tradicionalismo foi criada por Paixão Côrtes e Barbosa Lessa, folclorista e músico nascido em Camaquã. “Essa cultura devemos a ele (Paixão), Jayme Caetano Brau e ao Barbosa Lessa. Todo esse movimento é nosso, isso tudo é nosso”, definiu.
Nesta terça-feira, no Palácio Piratini, o movimento para a cerimônia de despedida de Paixão Côrtes começou a se intensificar depois das 10h. Num primeiro momento, o velório ficou reservado apenas aos familiares, mas fãs e pessoas identificadas com a trajetória do folclorista foram até a Praça da Matriz para prestar a sua homenagem.
Presidente do MTG, Nairo Callegaro, fala da perda de Paixão Côrtes para o tradicionalismo e para o Estado. @correio_dopovo @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/GetiNICv9F
— Mauren Xavier (@maurenxavier09) 28 de agosto de 2018
Familiares, amigos e admiradores prestam suas últimas homenagens ao tradicionalista Paixão Côrtes @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/GyjoY9rAu1
— Guilherme Kepler (@GuilhermeKepler) 28 de agosto de 2018