O candidato à Presidência da República pelo Podemos, Álvaro Dias, afirmou nesta sexta-feira, durante a sabatina da Record TV, que vai defender, caso seja eleito, o cumprimento irrestrito do teto salarial constitucional no Brasil. “Se queremos mudar a estrutura de Estado atacando privilégios, não podemos aceitar que ninguém receba salários acima do que define a Constituição, nem por auxílio-moradia, nem por verba indenizatória ou por qualquer outro penduricalho”, afirmou.
Dias apresentou-se como um “contestador”, defendeu a necessidade de reforma tributária no País e sugeriu que é preciso “refundar a República”. “Conheço esse monstro pelas entranhas. Nada vai mudar no país se não modificarmos o sistema de governo, que atualmente favorece a corrupção, o balcão de negócios e o toma lá, dá cá”, argumentou, porém sem aprofundar a proposta de sistema.
Questionado sobre uma suposta intenção de absorver parte da popularidade do juiz federal Sérgio Moro, por ter declarado o plano de convidar o magistrado para ser ministro da Justiça, Álvaro Dias sustentou que a predileção se deve à admiração que nutre pelo trabalho do juiz da Lava Jato. “Eu sempre apoiei a operação Lava Jato, assim como o trabalho do Moro e do Ministério Público Federal, apresentando projetos que são conciliadores com o que eles pregam”, afirmou.
Sobre a amizade com Joel Malucelli, suplente dele no Senado e dono de grupo alvo da Lava Jato, Dias disse que ele é um “empresário de respeito, de muita respeitabilidade”. O senador paranaense defendeu ainda que as investigações sobre o caso prossigam.