Turma do STF mantém liberdade concedida a José Dirceu

Argumento é de que há probabilidade de sucesso nos recursos apresentados pelo ex-ministro aos tribunais superiores contra a condenação

Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje manter a decisão tomada em junho que suspendeu a execução da condenação do ex-ministro José Dirceu a 30 anos de prisão na Operação Lava Jato. O argumento é de que há probabilidade de sucesso nos recursos apresentados pelo ex-ministro aos tribunais superiores contra a condenação. Com a decisão, Dirceu garantiu liberdade e deixou Penitenciária da Papuda, em Brasília.

A decisão ocorreu hoje a partir de um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o habeas corpus protocolado pela defesa de Dirceu. Reafirmaram voto pela soltura o relator, Dias Toffoli, e os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Com a decisão, Dirceu permanece em liberdade até que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) analise o recurso adequado para reavaliar a pena.

Na sessão desta tarde, o ministro Edson Fachin finalizou o voto sobre a questão. Segundo o ministro, não havia como, por razões processuais, conceder o habeas corpus. Celso de Mello, que não havia votado na sessão de junho, também votou para determinar o retorno de Dirceu à prisão.

Relembre

José Dirceu foi preso em maio após ter a condenação confirmada pela segunda instância da Justiça Federal, com base no entendimento do STF, que autorizou a execução provisória da pena, após o fim dos recursos na segunda instância.

Na mesma sessão, o colegiado também manteve a decisão que suspendeu a condenação e determinou a soltura do ex-tesoureiro do PP, João Claudio Genu, também condenado na Lava Jato.