Renato Portaluppi, o jogador, fez fama como atacante goleador e irreverente. O técnico, no momento, se destaca no comando de um time que é um dos mais competitivos do Brasil pela terceira temporada seguida, tendo como principal arma não a efetividade ofensiva, mas a solidez defensiva. Neste Brasileirão, mesmo poupando titulares em diversas rodadas, tem a defesa menos vazada até aqui. Encerrou o primeiro turno igualando o recorde das principais muralhas da história dos pontos corridos, o São Paulo de 2007 e o Corinthians de 2013, com apenas oito gols sofridos.
“A defesa é a menos vazada, mas não significa que só os zagueiros e os goleiros estejam fazendo um bom trabalho”, ressalva Ramiro, relatando como o treinador trabalha a questão: “O Renato sempre deixa clara a importância do espírito de união, de correr um pelo outro. Desde o centroavante até o goleiro, todo mundo participa do sistema defensivo. Aqui todo mundo corre um pelo outro, se dedica. Senão, as coisas não acontecem”, acredita.
Pela competição nacional, nos sete jogos desde a Copa do Mundo, a rede do Grêmio só balançou três vezes – nenhuma nas últimas três rodadas. O problema foi nas copas, com os dois gols sofridos diante do Estudiantes, e os dois do Flamengo, que resultaram na eliminação da Copa do Brasil nas quartas de final.
O time parece ter se recuperado rapidamente, porém. “Não acho que oscilamos no Maracanã. Propusemos o jogo como sempre, mas tivemos a infelicidade de sofrer o gol. Contra o Corinthians, fizemos a mesma partida e vencemos”, diz Ramiro. “Com apenas duas competições, vamos brigar muito para conquistar mais um título”.
Contra o Cruzeiro, nesta quarta, Renato deve escalar quase o mesmo time de sábado, com Paulo Victor no lugar de Bruno Grassi (Grohe ainda é dúvida) e Maicon no de Cícero. Leonardo, Jailson e Jael devem seguir. Sábado, os reservas enfrentarão o Atlético-PR.
